Aracaju, 28 de março de 2024

SERGIPE APRESENTA MAIS DOIS CASOS DE FIBROSE CÍSTICA

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A doença caracterizada pela ausência de secreção de enzimas pancreáticas e secreção excessiva de muco nos pulmões, a fibrose cística, foi diagnosticada em mais dois pacientes até o atual período deste ano. O levantamento parcial integra um acumulado de 43 pacientes identificados desde 2001, em Sergipe. De acordo com a coordenadora estadual de atenção ambulatorial especializada da Secretaria de Estado da Saúde (SES), Luciana Alves, o Sistema Único de Saúde (SUS) oferece testes para essas e outras doenças hereditárias e/ou congênitas, bem como assistência médica e medicamentosa, conforme a Portaria 1.554/2013, que dispõe sobre as regras de financiamento e execução do componente especializado da assistência farmacêutica.

“A fibrose cística é doença que pode surgir na terceira fase da triagem neonatal. Logo na gestação, durante o pré-natal, a mãe é orientada a realizar o teste do pezinho, que deve ser feito entre o terceiro e o quinto dia de vida do bebê. Através dele, a fibrose cística pode ser diagnosticada e quando isso acontece o bebê segue da Rede Básica de Saúde para o serviço de referência disponível no Hospital Universitário [HU]. Lá, o bebê recebe acompanhamento clínico e tratamento através de medicamentos, cujo componente especializado está no Case [Centro de Atenção à Saúde de Sergipe], que também dispõe de fórmulas alimentares apropriadas para esses casos”, explicou Luciana.

A fibrose cística pode ser transmitida de pais para filhos, sendo que filhos de casais com essa característica têm 25% de chance de nascer com a doença, que se manifesta de formas diferentes. Em alguns casos, a criança nasce sem qualquer sinal perceptível. Já em outros, desenvolve logo obstrução intestinal, necessitando de cirurgia. Um meio pelo qual muitas mães percebem a doença em seus filhos é a presença de um suor muito salgado, detectado quando as mesmas beijam suas crianças. Por isso, a fibrose cística também é chamada de “doença do beijo salgado”. Outros sintomas podem se manifestar no paciente, ao longo da vida, entre eles, dificuldade para ganhar peso, devido a problemas na digestão dos alimentos, e tosse, em geral, com catarro.

“Essa enfermidade não tem cura, mas os sintomas podem ser controlados, podendo evitar conseqüências danosas aos pacientes, a exemplo de comprometimento do pulmão, das complicações gastrointestinais e pulmonares. É extremamente necessário que as mães realizem corretamente o pré-natal, bem como o teste do pezinho em seus bebês, considerado obrigatório”, ressaltou a coordenadora estadual de atenção ambulatorial especializada da SES.

A importância da triagem neonatal pode ser verificada por meio de números. Em 2014, no Brasil, cerca de 70% dos novos casos de fibrose cística foram diagnosticados pelo teste do pezinho, sendo que 64,8% dos brasileiros acometidos pela doença têm menos de 15 anos de idade. Se o teste do pezinho indicar a chance de a criança ter a fibrose cística, é possível confirmar o diagnóstico num exame próprio, feito logo depois. No entanto, existem casos só identificados ao longo da vida. Outra orientação dada por especialistas é de que os pacientes com fibrose cística devem fazer uso de suplementos nutricionais. As enzimas pancreáticas utilizadas para melhorar a digestão dos alimentos devem ser utilizadas por esses pacientes, sendo consideradas pilares no combate aos efeitos da fibrose cística. (SES)

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