Aracaju, 19 de abril de 2024
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Gerb participa de operações de alta complexidade em Sergipe

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Quando começam os noticiários e há a informação de que uma grande operação da Polícia Civil foi deflagrada investigando e obtendo êxito na captura de membros fortemente armados, desarticulando associações criminosas ou apreendendo grandes quantidades de algum material, sejam entorpecentes, armamentos ou outros produtos, geralmente o Grupo Especial de Repressão e Busca (Gerb) está presente. A realização desse trabalho que alcança resultados positivos exige preparo e dedicação.

Para atuar diante de situações cercadas por adversidades, que demandam ações rápidas e treinamento para agir diante de mudanças bruscas no andamento de operações, o aprimoramento constante nas técnicas e análise de possíveis situações é fundamental para o trabalho dos agentes do Gerb. O grupamento possui a capacitação para instruir os policiais que desejam integrar o corpo tático do grupo em todas as suas atribuições.

O policial civil e diretor adjunto do Gerb, Elisvan Resende, destaca que a unidade oferece aos agentes de segurança pública cursos específicos para a formação de novos membros.“Nós temos dois cursos que preparam o policial para pertencer ao quadro do Gerb. Primeiro um Curso de Operações Policiais, com 15 dias intensivos. É como se fosse um estágio que o habilita a entrar no quadro do Gerb temporariamente, porque ele vai ter que optar entre as seções e fazer um curso de especialização. Se ele quer operar no tático, ele vai ter que fazer o Curso de Operações Táticas Especiais, que é um curso de 45 dias que tem dedicação exclusiva e que temos um índice muito baixo de aprovação, por conta justamente da exigência que esse curso tem em termos físicos e psicológicos. O policial tem que ter qualidades e condições até mesmo de um atleta para poder concluir com êxito. Assim ele estaria em condições de operar no time tático do Gerb. Mas existem outras opções dentro do Gerb, pelas afinidades com os cursos. A entrada do policial no Gerb depende desses cursos“, detalhou.

O diretor do grupo, Ricardo Porto, assinala que o Gerb possui parcerias com outras unidades e divisões, visando manter um constante intercâmbio de experiências nessas ações que necessitam de preparo. “Formatamos a nossa estrutura baseada em doutrina e técnica. A gente vai buscar essas técnicas nas instituições que agregam o melhor conhecimento. A exemplo, nós temos parcerias com a Divisão de Operações Especiais da Polícia Civil de Brasília (DOE/PCDF) e com a Coordenadoria de Recursos Especiais do Rio de Janeiro (Core)”, citou.

Ricardo aponta também que os constantes cursos e frequentes treinamentos tornam os agentes aptos a irem além do planejamento das ações, mas também a estarem qualificados para mudanças rápidas em situações imprevistas durante as operações. “Nós usamos a maneira mais adequada, que pode ser a mais fácil ou mais difícil, o que vai dizer é a situação. Você tem que estar preparado para todos os casos, por isso estamos sempre treinando, porque sempre pode ocorrer alguma coisa diferente”, enfatizou.

Atribuições e acionamento

Ricardo Porto explica que o Gerb possui atribuições distintas que configuram uma identidade própria, diante das funções de investigação, abertura de inquéritos e representação por mandados de prisão, inerentes à Polícia Cívil. O diretor menciona ainda que o surgimento do grupo está ligado à necessidade de uma unidade com habilidades para intervir diante de ocorrências mais complexas, que necessitem maior reforço policial especializado, por meio de equipes preparadas de forma teórica e, sobretudo, prática, resultando em operações previamente planejadas e considerando também a mutabilidade dos acontecimentos de cada ocorrência.

“O Gerb surgiu da necessidade de um braço especializado e tático que pudesse intervir em situações específicas de alto risco. A Polícia Civil em si tem o conhecimento da investigação, mas não tem o expertise do lado operacional. Dentre as ações do grupo estão intervenções no controle de distúrbios em delegacias, custódia de presos. A captura de presos de alto risco, foragidos em cumprimento de mandados; roubo a banco; extorsão mediante sequestro; roubos em geral, onde envolve violência, com ou sem reféns. Nessas situações a gente intervém”, destacou o diretor.

O diretor esclarece que o acionamento do grupo é realizado pelo Complexo de Operações Policiais Especiais (Cope), de acordo com os resultados das investigações e a complexidade da situação, ocorrência e envolvidos no delito. Ricardo Porto cita que o grupo atua em apoio a unidades policiais como o Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) e o Departamento de Narcóticos (Denarc), dentre outros.

“Hoje nós somos subordinados ao Cope. Nós entendemos que é bem pertinente, já que as grandes operações se concentram no Cope. Basicamente nós atuamos em apoio às unidades policiais como por exemplo, o DHPP e o Denarc. Nós somos demandados pelo Cope e vamos atuar nessa situação. A delegacia chega com a informação para a gente, fazemos a checagem e vemos a melhor forma de fazer a entrada ou o cerco”, informou.

Dedicação e satisfação

“Acordamos cada dia com a certeza de que a nossa missão diária não será uma obrigação, mas sim aquilo que nos engrandece e traz a satisfação de ter cumprido com os nossos próprios objetivos”, é o que ressalta o diretor do Gerb. Para Ricardo Porto a satisfação pessoal e profissional começa desde a convocação demandada por alguma unidade policial, via Cope, perpassando pela convivência entre os agentes e culminando no êxito da operação. “Desde quando a gente é demandado já vem uma satisfação e quando a gente conclui vem uma outra satisfação. Estar aqui no Gerb é uma grande satisfação. É a nossa segunda casa. Poder concluir a nossa missão com afinco e com amor é o que nos dá o verdadeiro prazer e satisfação”, destacou.

Elisvan Resende acentua que, mesmo exigindo esforço e dedicação todos os dias, os agentes que escolheram fazer parte da unidade sentem-se honrados com a missão de manter cada membro da sociedade em segurança. “Ser um operador do Gerb é uma honra. Ser um operacional do Gerb é ser um servidor da sociedade no seu máximo de disciplina, no seu máximo de doação. Então aquele que está no seu direito, o trabalhador que acorda cedo e chega tarde em casa, doando-se para ver a sociedade melhorar, ele é um grande parceiro, ele é um irmão do Gerb. A gente sente orgulho de que nosso policial tenha essa consciência de doação. Nós temos orgulho de pertencer a uma unidade tão disciplinada e organizada como o Gerb”, finalizou.

Fonte e foto SSP

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