Aracaju, 16 de abril de 2024

SMS discute Saúde do Adolescente em Seminário com profissionais

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Debater temas relevantes aos adolescentes com os profissionais da Saúde, Educação e Assistência Social. Este é um dos objetivos do II Seminário de Saúde Integral do Adolescente, promovido pela Secretaria Municipal da Saúde (SMS). O evento acontece nesta quarta-feira, 8, no auditório da Escola Municipal Presidente Vargas, bairro Siqueira Campos.

A enfermeira Rita Bitencourt, coordenadora do Programa de Saúde da Criança, do Adolescente e do Jovem, disse que o evento tem como uma das metas buscar alternativas para lidar com os adolescentes na Atenção Básica. “Hoje é um dia de troca de saberes, precisamos estar preparados para receber este público nas nossas unidades de saúde e, para isso, convidamos os profissionais da Secretarias Municipais de Educação, da Assistência Social e da Fundação Renascer, bem como médicos, enfermeiros, assistentes sociais e agentes comunitários de saúde da Rede de Atenção Primária (Reap)”, informou.

O evento foi aberto com uma apresentação musical do Grupo de Violinos da Instituição e Creche Menino Jesus, do bairro São Carlos, que tem uma parceria com a Prefeitura Municipal de Aracaju (PMA) através do projeto “Uma porta para a inclusão”. A mesa de abertura foi composta pela secretária adjunta municipal da Saúde, Ana Débora Santana, a coordenadora da Reap, Monalisa Fonseca, a conselheira municipal da Criança e do Jovem, Ula Ribeiro, o médico do Programa de Saúde da Criança, do Adolescente e do Jovem, Byron Ramos, e por Rita Bitencourt.

“Precisamos cuidar das nossas crianças e adolescentes, e este encontro é muito importante neste momento, principalmente em decorrência dos dois fatos que ocorreram recentemente em Nossa Senhora das Dores e Nossa Senhora do Socorro, onde tivemos três vítimas, respectivamente: duas crianças na queda da caixa d’água em uma escola pública, e o estupro seguido de morte de uma adolescente. Cada um de nós pode melhorar as vidas dos meninos e meninas que buscam atendimento na nossa rede. Muitas vezes eles estão vulneráveis, por enfrentarem uma infância difícil, e o nosso papel é o de acolhê-los”, enfatizou Ana Débora.

Palestras

A professora de Direito da Universidade Federal de Sergipe (UFS) e doutora em Sociologia, Andréa Depieri, falou sobre os Direitos do Adolescente, fazendo uma abordagem comparada entre o antigo Código de Menores e o atual Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA). “É realmente preciso pensar em estratégias para o atendimento dos jovens, principalmente na pauta da sexualidade e reprodução, pois existe muita gravidez na adolescência. Pensar na saúde do adolescente como saúde integral é um grande desafio, uma vez que ela perpassa questões de violência, por exemplo. A grande questão hoje é como responsabilizo uma pessoa sem punir?”, indagou Andréa.

A segunda palestra foi da médica e professora da UFS do Campus da Saúde de Lagarto, Priscila Batista, que também faz parte do Programa Municipal de Saúde da Mulher. Ela discorreu sobre o tema: “Conhecendo o próprio corpo na adolescência”, abordando a descoberta da sexualidade nesta fase, e a saúde reprodutiva. “Cerca de 20% das mulheres que se tornam mães hoje são adolescentes. Este fenômeno não é só falta de informação, temos que observar isto. Na Atenção Primária, atualmente, devemos usar o método clínico centrado na pessoa (MCCP), por exemplo, e com os adolescentes a consulta deve ser em dois tempos, com os pais e com eles sozinhos, respeitando a regra do sigilo”, enfatizou Priscila.

Houve a fala do acadêmico de Medicina da UFS, Humberto Guimarães, sobre a experiência dele como estagiário no Ambulatório Transsexualizador de Sergipe, em Lagarto. “Lá, existe uma equipe multiprofissional para lidar com a questão de gênero, pois nas unidades básicas as pessoas ainda não têm o mínimo preparo para lidar com estas pessoas”, pontuou.

Ainda houve a palestra do médico Almir Santana, gerente do Programa Estadual de IST/Aids da Secretaria de Estado da Saúde (SES), sobre prevenção das infecções sexualmente transmissíveis, e uma explicação da importância da imunização de crianças e adolescentes contra o HPV.  À tarde ainda foram abordados temas como cultura da paz e uso de drogas na adolescência e seus impactos no ambiente familiar, pelo psicólogo do Programa Municipal de IST/Aids e Hepatites Virais, Wagner Mendonça.

Foto assessoria

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