Aracaju, 20 de abril de 2024
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SES promove capacitação para estimulação precoce voltada para crianças com microcefalia

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Profissionais da Atenção Básica e da Atenção Especializada estão participando nesta quinta-feira, 9, de uma capacitação voltada para a estimulação precoce em crianças com Síndrome Congênita do Zika Vírus (SCZv). O evento acontece até esta sexta, 10, no Centro de Educação Permanente em Saúde (Ceps) de Aracaju, localizado no bairro Siqueira Campos, e está sendo promovido pela Secretaria de Estado da Saúde (SES), mediante parceria com o Ministério da Saúde, que realiza a capacitação através do Hospital do Coração (HCor).

De acordo com a psicóloga e analista de treinamento do HCor, Josiana Franco, a capacitação foi dividida em três estações que serão visitadas por todos os participantes, separados em grupos. São elas: comunicação e abordagem familiar, avaliação da criança; estimulação motora e orofacial, e estimulação auditiva e visual; estimulação sensorial, cognitiva e de linguagem, e oficina de brinquedos. Todas as estações estão sendo conduzidas por profissionais contratados pelo HCor, sendo eles enfermeiros, fisioterapeutas e terapeutas ocupacionais.

“A ideia é despertar nos participantes um trabalho multiprofissional, que envolve o desempenho de funções coletivas executadas por psicólogos, fonoaudiólogos, fisioterapeutas e terapeutas ocupacionais, a fim de dar autonomia aos pais para o desenvolvimento da estimulação junto às crianças com microcefalia. Nesse processo, o apoio da família é de fundamental importância para o alcance desse objetivo, até mesmo sendo os pais conduzidos a montarem o próprio material – através da oficina de brinquedos – que favorecerá o desenvolvimento dessas crianças”, explicou Josiana.

Segundo a Área Técnica da Rede de Cuidados à Pessoa com Deficiência da SES, Alynne França, para que fosse amplo o aproveitamento, a secretaria estabeleceu a articulação com representantes de grande parte dos municípios sergipanos, a fim de alcançar profissionais que atuam junto à reabilitação de pessoas com deficiência. Estão presentes profissionais do CER II Apae, CER II Siqueira Campos, Centro de Especialidades de Umbaúba, Núcleo de Apoio à Saúde da Família (Nasf) de Estância, Itabaiana, Itabaianinha, Canindé de São Francisco, Nossa Senhora do Socorro, entre outros.

“O momento que é vivenciado coletivamente aponta para melhorias dos processos de trabalho, de forma a perceber a importância da articulação das redes, a começar pela Rede de Atenção Básica, conforme ação do agente de saúde, que transmite informações precisas para as Equipes de Saúde da Família, Nasf, até que o referido paciente chegue à Atenção Especializada. A intenção é de que desde a fase inicial o paciente seja plenamente atendido, tendo na reabilitação a parte especializada, considerando também as demandas que só poderão ser supridas na Atenção Básica, tratando-se, portanto, de um ciclo de ação e comunicação que precisa acontecer com fluência”, esclareceu Alynne.

Segundo a Área Técnica da Rede de Cuidados à Pessoa com Deficiência da SES, o papel do Estado em todo esse processo é promover o monitoramento, avaliação, capacitação e aplicação das políticas públicas voltadas para a assistência às pessoas com deficiência. “Enquanto gestão, precisamos ter um olhar ampliado, reconhecendo as fragilidades de cada território. Como o foco hoje é a microcefalia, cujos casos enfatizam a importância da estimulação precoce, consideramos que a epidemia do Zika vírus trouxe a tona a abrangência dessa estimulação, também necessária a outros pacientes com  necessidades especiais, a exemplo de Crianças com Atraso (neuropsicomotor), com paralisia cerebral ou com Síndrome de Down”, explicou.

Fonte e foto SES

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