Aracaju, 12 de maio de 2024
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SERVIDORES DO TCE/SE CONQUISTAM REPOSIÇÃO DE 8.6% DAS PERDAS

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Por: Iracema Corso

Os servidores do Tribunal de Contas do Estado de Sergipe (TCE) conquistaram reposição inflacionária de 8,6%, dividida em 5% a partir de janeiro e 3,6% a partir de abril de 2018. Os percentuais foram obtidos na última sessão do Pleno do TCE, dia 9/11, depois de várias rodadas de negociação entre a direção do Sindicontas, a Presidência do TCE e conselheiros.

Trabalhadores do TCE lotaram o auditório do Pleno e acompanharam a sessão tumultuada. Ao longo do mês de novembro se fortaleceu internamente, no tribunal, a mobilização dos servidores efetivos organizados no Sindicontas, filiado à Central Única dos Trabalhadores (CUT/SE).

No desfecho da negociação entre o sindicato e a Presidência do TCE, o presidente do órgão, Clóvis Barbosa, concordou com a proposta reivindicada pelos servidores, que era quitar as perdas inflacionárias concedendo 7,35% apenas aos efetivos. Caso fosse aprovada, ainda haveria uma nova negociação, até janeiro, para discutir as perdas inflacionárias de 2017, estimadas em 3%. No entanto, os demais conselheiros modificaram a proposta negociada entre a Presidência e o Sindicontas e aprovaram a proposta de 8,6%, a ser aplicada em duas parcelas.

AVALIAÇÃO

Após o fim da sessão, os servidores se reuniram para também avaliar o resultado e iniciar as discussões sobre os próximos passos da luta.

O presidente do Sindicontas, Anselmo Costa, avaliou que o resultado conquistado foi positivo, pois a luta vai continuar pelo restante da pauta. “A nossa data base é janeiro, só teremos a reposição completa a partir de abril, então as perdas desses três meses continuarão sendo reivindicadas pelo sindicato. Nosso pleito foi a reposição das perdas salariais de 2015 a 2017. Há dois anos nós solicitamos reposição das perdas inflacionárias, desde a gestão do conselheiro Carlos Pina, e não havíamos conseguido. Continuamos na luta e só agora, no fim da gestão de Clóvis Barbosa, avançamos. Nossa negociação partiu do zero e a nossa capacidade de organização, até aqui, nos possibilitou chegar até esse resultado. Não conseguimos o total da pauta, mas o avanço é inegável e vamos continuar organizando a categoria para lutar pelas pendências que restam”.

O analista do TCE, Rafael, alertou que a organização sindical da categoria precisa crescer. “Entendemos, após esta sessão, que a luta sindical tem que acontecer o ano todo. Precisamos agregar mais servidores à nossa luta e chamar a atenção da sociedade para conseguir as demandas que achamos justas. Quero parabenizar e agradecer a todos os colegas que contribuíram com essa luta, a vitória é de todos nós”.

O vice-presidente da CUT/SE, Plínio Pugliesi, acompanhou de perto as negociações e relatou os desafios para os trabalhadores na atual conjuntura. “É preciso compreender a importância do que aconteceu aqui hoje. O resultado conquistado não foi o que vocês pautaram na negociação, mas é um resultado que não pode ser desprezado. A luta dos trabalhadores no Brasil ainda é processual, reformista, e a organização de vocês amadureceu visivelmente neste ano. O sindicato ainda é relativamente novo, foi fundado na CUT e isto muito nos orgulha. Teve uma fase de fundação e de organização administrativa que não podemos desprezar. Com a casa arrumada, hoje a categoria já prioriza as ações políticas, como aconteceu nessa negociação. A luta dos servidores do TCE conquistou essa reposição parcial e vai servir de exemplo para outras categorias do Estado que estão há cinco anos acumulando perdas”, apontou o dirigente da central sindical que tem 90 sindicatos filiados em Sergipe.

No final das avaliações, servidores da base e dirigentes do sindicato definiram que uma nova reunião da categoria, em assembleia geral, acontecerá na manhã próxima terça (14/11), com a finalidade de discutir as próximas ações na luta por outras reivindicações da pauta ainda não negociadas.

Foto assessoria

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