Aracaju, 26 de abril de 2024
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INDÚSTRIA AINDA SOFRE COM A CRISE, DIZ PRESIDENTE DA FIES

Juros em queda e uma gestão mais enxuta. Esses são os principais motivos dos números mais otimistas registrados no terceiro trimestre do ano. Os setores de varejo e o bancário são os mais valorizados nesses últimos meses. O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central reduziu a taxa básica de juros para 7,5% ao ano, a menor desde abril de 2013.  Já a indústria, ainda patina na recuperação, mas já mostra alguns sinais positivos.

A Confederação Nacional da Indústria (CNI), através da Sondagem Industrial, feita com 2.482 empresas de todo país entre os dias 02 e 17 de outubro, elencou cinco motivos para que esse crescimento ainda seja incipiente no meio fabril:

– Elevada carga tributária: o peso dos impostos eleva os custos e diminui sensivelmente a competitividade da indústria com o produto estrangeiro, seja no mercado interno ou externo;

– Demanda interna insuficiente: fraco consumo interno, reduz as perspectivas de investimento e criação de novos postos de trabalho, atrapalhando o desenvolvimento econômico do país;

– Inadimplência dos clientes: o atraso no pagamento das dívidas dos compradores acarreta em problemas na hora de sanar dívidas com os principais insumos da indústria, como energia elétrica, mão de obra, fornecedores, dentre outros;

– Falta de capital de giro: a escassez do dinheiro que faz a empresa funcionar torna quase proibitivo novos investimentos e adia até pagamentos de fornecedores e, num médio prazo, traz demissões e diminuição da produção;

– Taxa de juros elevadas: os juros altos aumentam os custos dos financiamentos e desestimulam os investimentos. A queda registrada nos últimos trimestres faz o industrial ter uma réstia de esperança.

“Apesar de algumas boas ações oriundas do Governo Federal, por meio de sua equipe econômica, o Brasil ainda necessita da reforma da Previdência e de uma mudança no sistema tributário, que ainda é um absurdo e torna quase impraticável a subsistência da indústria nacional nesses tempos ainda problemáticos e instáveis da economia e política brasileira”, ponderou o presidente da Federação das Indústrias do Estado de Sergipe, Eduardo Prado de Oliveira.

Por Antonio Oviêdo dos Santos

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