Aracaju, 18 de abril de 2024

CIRURGIA: PREFEITURA DE ARACAJU INSISTE NO DESPREZO E OMISSÃO

Share on facebook
Share on twitter
Share on linkedin
Share on whatsapp

A pedido da Prefeitura de Aracaju, através da Secretaria Municipal de Saúde (SMS), foi agendada para a manhã desta sexta-feira (1º) audiência no Ministério Público Estadual com o objetivo de discutir o pagamento de valores necessários para retomar o atendimento no Hospital de Cirurgia. Contudo, estranhamente – e sem qualquer aviso prévio –, a secretária Waneska Barboza decidiu não comparecer. Além do flagrante desrespeito aos promotores de Justiça, diretores e servidores de hospitais filantrópicos, a ausência caracteriza grave omissão a pacientes cujas vidas correm risco.

A recorrente falta de solidariedade humana da Prefeitura de Aracaju foi manifestada, mais uma vez, já na terça-feira (28), ao ignorar solicitação do Hospital de Cirurgia para proceder o pagamento de ao menos duas das cinco parcelas devidas, o que garantiria a reativação imediata dos serviços médicos, paralisados há quase um mês por falta de pagamento a fornecedores e funcionários. No entanto, houve por bem ao Município de Aracaju cumprir apenas com uma única parcela, de R$ 506 mil, valor concernente aos serviços prestados em outubro de 2017 e, lamentavelmente, insuficiente para permitir ao Hospital de Cirurgia realizar a sua missão de salvar vidas.

Uma Casa de Saúde do porte, com as características e demandas do Hospital de Cirurgia – único a realizar procedimentos de média e alta complexidade no âmbito do Sistema Único de Saúde (SUS) em Sergipe –, funciona como um relógio, cuja engrenagem depende da operação plena de todas as peças para evitar que pare. Ou seja, ao realizar cirurgias, sejam elas ortopédicas, cardíacas ou neurológicas, hospitais dependem do serviço conjunto de vários setores. Decorre dessa imperiosa interdependência a necessidade de a Prefeitura de Aracaju manter sem atrasos os pagamentos dos serviços já prestados e por ela mesma reconhecidos publicamente.

A ausência da secretária Waneska Barboza reforça a sensação de desprezo da Prefeitura de Aracaju pelo diálogo e parece se inserir no contexto da guerra aberta pela SMS contra o Hospital de Cirurgia, a fim de culpabilizá-lo pela crise no atendimento. Contudo, fossem feitos os pagamentos dos serviços prestados e já devidamente reconhecidos pela própria SMS, não haveria crise. Neste sentido, além de não comparecer à reunião, a secretária Waneska Barboza sequer sinalizou com uma contraproposta digna ao Hospital de Cirurgia, contemplando com o diálogo somente os hospitais São José e Santa Isabel, medida a sugerir uma possível retaliação contra a Instituição.

Apesar da grave situação, por entender que a missão de salvar vidas está acima de todas as demais, o Hospital de Cirurgia persistirá na busca do diálogo com a Prefeitura de Aracaju, solicitando, mais uma vez, que pague os valores devidos e, desta forma, permita viabilizar a retomada do atendimento. Reuniões internas com o Corpo Clínico e os prestadores de serviço, cujos salários estão em atraso, buscam negociar o retorno à funcionalidade normal o mais breve possível.

A esperança reside na audiência de conciliação no Ministério Público Federal entre o Hospital de Cirurgia, a SMS e Secretaria Estadual da Saúde marcada para terça-feira (5), na qual se discutirá a gestão do contrato e, por fim, as soluções para encerrar essa crise absurda, em beneficio da população ora desassistida.

As informações são do Hospital de Cirurgia

 

Share on facebook
Share on twitter
Share on linkedin
Share on whatsapp

Leia também