Aracaju, 25 de abril de 2024
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Morador de Lagarto diz que Mercado deixará centenas de desempregados

Um morador do município de Lagarto enviou um e-mail para a redação onde diz que a inauguração do mercado municipal vai deixar centenas de desempregados.

No texto, Michael Wendell Santiago Nascimento diz que “o Mercado Municipal de lagarto foi concluído há cerca de um ano, mas ainda não foi colocado à disposição dos Lagartenses por questões que tem sido motivo de muitas discussões, sobretudo pela categoria de Marchantes da cidade.

O problema, segundo ele, diz respeito ao valor da aquisição dos boxes cobrado à classe, tido muito acima das possibilidades financeiras desta, que tem resistido na sua maioria como forma de protesto à cobrança”. Para ele, “a proposta simplesmente consiste no pagamento da metade à vista e no parcelamento em 48 vezes, do valor  restante, o que sabemos ser bastante caro para trabalhadores, chefes de família, que, normalmente, retiram o seu sustento apenas da atividade. Como ficará a situação dos trabalhadores que não podem pagar pela compra do boxe? Terão que abandonar sua profissão?”, questiona.

Michael Wendell continua e diz que “um mercado dito público para população vai deixar centenas desempregados. Ao sair do Mercado antigo os marchantes assinaram vários papéis para que quando o novo estivesse pronto eles tivessem seus boxes de volta, mas não é o que está acontecendo, pois acontecem licitações em que as bancas tem um valor fixo e quem pagar mais escolherá o local do seu boxe, trata-se de “uma espécie de leilão, além do mais que ao assumirem as bancas terão que pagar mensalmente ditas “taxas”, isso em relação à por exemplo, água, energia, ao condomínio, ou seja, irão pagar pra trabalhar e ainda ficar devendo, sabendo que depois de 15 anos as bancas serão vendidas novamente. Se o Mercado é Municipal e Público o correto e justo é que eles recebam suas bancas de volta, pois de que adiantou uma reforma tão grande se os feirantes terão que pagar por ela?”

Ao final, Michael Wendell, explica que “o Mercado contém 450 boxes, sendo que na primeira licitação reuniu 75 pessoas, e as outras centenas de pais e mães de família não compareceram pois o que ganham só da para o alimento dos filhos. Sendo assim, irão passar fome, uma vez que o emprego que tinham foi tirado drasticamente?. Isso fere fortemente o princípio da isonomia da  Constituição Federal de 1988, artigo 5° que diz que, “ todos somos iguais sem diferença de natureza”. Este princípio não está sendo aplicado, pois quem não tem como pagar ficará desempregado”, afirma Michael Wendell.

Munir Darrage

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