Aracaju, 18 de abril de 2024
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AINDA NÃO É HORA DE MORRER, PRÍNCIPES.

Por Francisco Dantas

As eleições em Sergipe sempre despertam paixões e acirramento de ânimos antes do tempo. Estamos ainda em 2017, mas é como se os sergipanos já estivessem no caminho das urnas. A história ou a mitologia sempre nos transmitem lições das quais alguns teimam em desconsiderá-las.

Poucas situações já se encontram razoavelmente certas para as eleições de 2018, no que se refere aos cargos majoritários em disputa, sendo razoável prever que nos dois blocos teoricamente mais fortes, ou seja, do governo que Jackson Barreto dispute uma das vagas para o senado e Belivaldo Chagas dispute o cargo de governador.

Já pela oposição, os senadores Eduardo Amorim e Valadares venham a disputar cargos majoritários, uma vez que seus mandatos estarão em jogo. Tanto Heleno Silva como Rogério, com o apoio dos seus respectivos partidos,
colocam suas justas pretensões de concorrer ao senado. Claro que se o governador efetivar sua candidatura no bloco da situação, ela será justa e natural restando apenas uma vaga. Na oposição é razoável prever que um dos atuais senadores disputará o cargo de governador.

Hoje é cedo demais para se falar sobre os demais cargos majoritários quer de um lado ou do outro, como serão preenchidos. Ademais, porque além destes existirá em cada bloco uma vaga de vice-governador. Onde entra a historia ou a mitologia, exatamente no poema épico da Ilíada, atribuído a Homero, que trata não de uma guerra eleitoral, mas sim do cerco e destruição de Tróia, onde no desembarque das tropas gregas, o herói Aquiles cercou o
bravo e nobre príncipe de Tróia, Heitor.

Mas, ao invés de mata-lo facilmente, lhe disse para que retornasse livremente para o seu palácio, fizesse amor com a sua esposa, abraçasse seus filhos e se preparasse para a grande batalha do dia seguinte, onde os bravos e heróis seriam conhecidos. Ao ser indagado por um companheiro de armas grego, por que liberou o príncipe, lhe respondeu com sabedoria: – É muito cedo para morrer, príncipes.

Modestamente acho que certo estava Aquiles, um grande líder e errado seu companheiro de armas que não entendia o seu gesto, desejando antecipar a grande batalha do dia seguinte, por certo atrás de vantagens indevidas. Já foi dito que a politica é a guerra por meios civilizados, mas é certo que tanto na guerra quanto na politica as crianças são separadas dos adultos. Os partidos ainda estão na fase de ocupar posições seguindo como é natural seus lideres.

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