Aracaju, 28 de março de 2024

Professores do Baixo São Francisco celebram bons resultados do Projeto Somos

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Atividades desenvolvidas através da metodologia Synapse ao longo do ano foram apresentadas durante a culminância

Por Ítalo Marcos

A Secretaria de Estado da Educação (Seed), em parceria com o Instituto de Pesquisas em Tecnologia e Inovação (IPTI), promoveu no sábado, 9, no Colégio Estadual Caldas Júnior, em Neópolis, um evento para a apresentação dos resultados das atividades do Projeto Somos. Estiveram presentes professoras das 14 escolas da região do Baixo São Francisco e de Santa Luzia do Itanhy, onde está sediado o IPTI.

Durante toda a manhã, grupos de professoras espalhados em salas de aula fizeram as apresentações de seus projetos realizados através da metodologia Synapse, desenvolvida pelo IPTI. A diretora da DRE 6, Edsalba Peixoto, destacou que a região do Baixo São Francisco possui o menor IDH de Sergipe e que essa metodologia veio como uma solução para potencializar o aprendizado dos alunos.

“Estamos colhendo os frutos. O IPTI é um instituto de referência e essa parceria é fundamental para a gente transformar a educação pública. Os resultados têm sido positivos e o secretário Jorge Carvalho foi protagonista nesse sentido de trazer para o Baixo São Francisco o que estava dando certo em Santa Luzia do Itanhy, onde tudo começou. Nunca vimos tantos alunos da escola pública tendo resultados no cenário nacional, muitos deles daqui da nossa região, dos nossos povoados. Estamos cumprindo com o nosso compromisso de contribuir com uma educação pública de qualidade”, disse.

O projeto Somos é um esforço do Governo do Estado, do IPTI, das escolas e dos professores da região do Baixo São Francisco para construir uma metodologia que melhore a qualidade do ensino e do aprendizado, com foco no período da alfabetização, do 1º ao 3º ano do ensino fundamental.

De acordo com o diretor do IPTI, Saulo Barretto, a Synapse é uma das tecnologias sociais criada pelo instituto, juntamente com os professores. “É uma experiência que traz os conhecimentos da neurociência sobre o aprendizado às metodologias dos professores em sala de aula. Tivemos um ano muito especial e estamos agora fazendo uma grande celebração, com a apresentação das experiências e demonstrações dos kits educacionais”.

Ao todo, 11 grupos de professoras fizeram as apresentações. Cada grupo escolheu um tema de uma atividade desenvolvida ao longo do ano e compartilhou suas experiências. Houve ainda exposição de produtos associados ao projeto e de tablets educacionais.

A diretora do Departamento de Educação da Seed (DED), Gabriela Zelice, afirmou que a metodologia Synapse é um meio para a melhoria do ensino. “A Synapse monta-se na formação de professores do 1º ao 3º ano, e além disso tem todo o material didático que serve de apoio aos alfabetizadores. O uso do tablet é a culminância de todo o processo, que começa com a formação dos professores, as atividades que são desenvolvidas em sala de aula, e depois disso tudo é que se culmina no uso da tecnologia, que é o meio para melhorar a qualidade da educação”, explicou.

Secretários aprovaram

O evento contou com a presença de secretários municipais da região do Baixo São Francisco, que aprovaram os resultados do projeto. Foi o caso de Cristiane Melo, secretária de Educação de Cedro de São João. “Toda metodologia que venha a melhorar o planejamento e que traga bons resultados será sempre viável. Percebemos que através das capacitações da Synapse houve uma melhor organização por parte do trabalho pedagógico, e consequentemente novas formas de como fazer o aluno pensar”, disse.

Representando a secretaria de Educação de Santana do São Francisco, Edjane Santos também não poupou elogios a metodologia Synapse e às melhorias trazidas por ela. “Toda ajuda que vier para melhorar a qualidade da educação do nosso município sempre é bem-vinda. A metodologia Synapse abre caminhos para os alunos, que têm a oportunidade de utilizar tablets com atividades lúdicas. Os professores veem o projeto como um auxílio muito importante, principalmente para os alunos do 1º ao 3º ano, em que estão começando a ser alfabetizados”, declarou.

Já Paulo Roberto, secretário de Educação do município de São Francisco, disse que a utilização dos tablets melhorou o comportamento dos alunos. “Há um progresso imediato desde que o projeto começou em nossas escolas. Observamos a mudança de comportamento, de atitude e de aprendizado. Os alunos estão mais participativos, querendo responder as questões”, disse.

Quem também esteve no evento foi a diretora da Coordenação de Gestão Democrática, Articulação e Assistência aos Municípios (COGEDAM/Seed), Simone Paixão. “O governo tem investido bastante nessa região em relação aos índices que estavam bem baixos, como alfabetização e aprendizagem. O projeto Somos, que tem a metologia Synapse, busca melhorar esses índices de maneira que dê uma ressignificação aos recursos didáticos e destacando o uso das novas tecnologias para a aprendizagem das crianças”, declarou.

Apresentação dos projetos

Em salas de aulas, as professores fizeram as apresentações dos seus projetos desenvolvidos ao longo do ano. A professora Maria Deize Santos e seu grupo ensinam no Centro Educacional José da Silva Peixoto, em Neópolis, e tiveram como tema “Família”. Para ela, a Synapse é como um norte. “Foi muito importante para a gente despertar, ter um novo olhar em sala de aula. Antes nós pensávamos apenas em conteúdo, e com esse projeto tivemos novos objetivos, pudemos ter um melhor diagnóstico da aprendizagem dos nossos alunos”.

Já a professora Mércia Letícia disse que o uso dos tablets trouxe maior clareza sobre as necessidades pedagógicas dos estudantes. “Tem sido uma experiência gratificante e trouxe expectativas para as crianças. No acompanhamento, observamos que eles têm mais dificuldades na leitura do que na matemática, então ficou claro para mim quais os pontos em que devo trabalhar melhor com eles”, afirmou. A sua aluna Letícia Neves, do 1º ano do ensino fundamental, afirmou ter gostado bastante de ter tablets em sala de aula.

A professora Tatiane Lima dos Santos, do Colégio Municipal Getúlio Vargas, trabalha com 22 crianças do 1º e 3º anos do ensino fundamental. “Acho interessante porque tem crianças que possuem dificuldades e esse projeto tentar minimizá-las. Acho bem interessante”, declarou.

Foto: Ascom/ Seed

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