Em entrevista aos radialistas George Magalhães e Magna Santana, na manhã desta segunda-feira (18), o secretário de Estado da Saúde, Almeida Lima, garantiu que é sua pretensão desenvolver uma relação harmoniosa com a direção do hospital Cirurgia. O secretário não quer que conflitos desencadeiem desassistência aos usuários do Sistema Único de Saúde (SUS). Almeida fez essa referência depois de questionado pelos entrevistadores sobre a razão de os pacientes que foram transferidos do Huse para o Cirurgia há 10 dias não terem sido operados ainda.

“O que foi dito pela direção do Hospital Cirurgia na audiência do dia cinco foi exatamente no sentido de que, caso houvesse por parte da Prefeitura de Aracaju a liberação de 500 mil para que eles pudessem cumprir algumas obrigações pendentes, os trabalhos seriam reiniciados imediatamente. Naquele momento a PMA mostrava que não tinha caixa disponível e a discussão estava avançando na perspectiva até se não se fechar o acordo. Fiz uma consulta ao financeiro da secretaria, em plena audiência, e o Estado de predispôs exatamente a fazer o adiantamento dessa verba de 500 mil reais e aí eu confirmei à juíza e aos demais presentes de que nós poderíamos, em nome da possibilidade do acordo, fazer a antecipação”, explicou o secretário.

Ele lembrou na entrevista desta manhã, que a antecipação foi feita antes mesmo de concluída a audiência, já que o compromisso era para fazer essa transferência em até 72 horas. “Eu procurei agilizar e comuniquei a todos os presentes que o repasse já tinha sido feito e a prefeitura, ao receber, fez imediatamente o repasse para o hospital. Evidente que a retomada dos serviços não aconteceu como foi previsto. É importante frisar que no correr desta última semana nós fizemos a liberação de mais 1.600 mil, que é a cota do Estado que ainda está sendo transferida para o município de Aracaju, porque de direito a SES só vai assumir o contrato de gestão com o Hospital Cirurgia a partir de primeiro de janeiro”, disse.

Almeida Lima garantiu que, embora seja seu objetivo manter uma relação harmoniosa com o Cirurgia, não irá permitir que pacientes sejam jogados de um lado para outro e, por isso, está acompanhando de perto a situação dos pacientes que aguardam por operações naquela unidade hospitalar. “Fiquei sem saber o motivo, a razão. No último final de semana conversei com direção do Cirurgia e eles me garantiram que hoje os procedimentos seriam iniciados. Portanto, nós pagamos pra ver e vamos acompanhar hoje durante todo o dia”, informou.

Auditor

Questionado sobre a necessidade de se manter um representante da SES junto ao Cirurgia para acompanhar os trabalhos, o secretário informou que o novo contrato que será assinado com aquele hospital estabelece a presença de três profissionais , entre eles médico e enfermeiro, no acompanhamento interno de todos os procedimentos contratados, inclusive na sala de cirurgia. “As empresas de plano de saúde fazem isso, colocam um técnico acompanhando os trabalhos, especialmente quando se trata de cirurgias caríssimas”, destacou Almeida.

Prêmio

O secretário Almeida Lima destacou na entrevista a aprovação do projeto do governo do Estado, proposto pela SES, para criar um prêmio de incentivo à produtividade, eficiência e economia para os trabalhadores que atuam nas unidades hospitalares. O projeto foi aprovado na última sexta-feira, criando um salário adicional para as equipes que alcançarem as metas por ele estabelecidas a cada quatro meses.

Nova fisionomia

Em resposta à intervenção de um ouvinte, que se mostrava incrédulo em relação ao prêmio de produtividade como incentivo para a melhoria da assistência nas unidades hospitalares,  Almeida Lima não perdeu tempo e relacionou resultados concretos que o governo do Estado trouxe para a saúde pública na sua gestão.

“Ninguém imaginava que nós começássemos a mudar a fisionomia da saúde porque todos diziam que não tinha doutor que desse jeito ao caos. Apesar da crise, você meu amigo e toda a sociedade estão  vendo aparelhos e equipamentos funcionando no Huse; equipamentos novos chegando nas unidades; a implantação de uma segunda unidade de Radioterapia no Huse; a abertura de 45 novos leitos no Hospital de Urgência, entregues na última sexta-feira eem janeiro vamos entregar mais 50 ou 60”, adiantou.

Almeida continuou elencando os avanços: “Vamos entregar em 2018 um ambulatório de oncologia novinho; um centro de hemodinâmica para cirurgias cardiovasculares, previsto para ser inaugurado em fevereiro; um centro de nefrologia, duplicando a capacidade de hemodiálise dentro do Huse, fazendo cirurgia inclusive transplante de rim; reformas, adequações e ampliações nas unidades hospitalares do interior do Estado e a reconstrução da Maternidade Hildete Falcão Baptista”.

Almeida fechou a entrevista afirmando que está atento e focado no seu objetivo maior enquanto secretário de Estado da saúde: transformar a fisionomia da saúde pública de Sergipe, oferecendo à população serviço de qualidade.

SES