Aracaju, 28 de março de 2024

Saúde do Estado divulga números relacionados às ISTs/Aids

Share on facebook
Share on twitter
Share on linkedin
Share on whatsapp
21

Os números foram contabilizados até o último dia 20, através do Sistema de Informação de Agravos de Notificação (Sinan), da Secretaria de Estado da Saúde (SES)

Dados levantados pelas equipes do Programa Estadual IST/Aids, da Secretaria de Estado da Saúde (SES), apontam para o acréscimo de 71 casos de sífilis em gestantes, identificados nos últimos dois anos, em Sergipe. Os números foram contabilizados até o último dia 20, através do Sistema de Informação de Agravos de Notificação (Sinan), da Secretaria. Só este ano, foram registrados 391 casos, sendo 89 provenientes de Aracaju e 48 de Nossa Senhora do Socorro.

Os casos de sífilis congênita, que acontecem quando a bactéria responsável pela infecção passa da mãe para o bebê através da placenta, apresentaram redução de 23 casos no mesmo período em questão. Ou seja, até o último dia 20 foram registrados 285 diagnósticos da doença, comparado a 308 identificados durante todo o ano de 2016. Da mesma forma, este ano Aracaju lidera nas estatísticas de sífilis congênita, apresentando 69 casos, e em seguida, Nossa Senhora do Socorro, que registrou 33 diagnósticos.

O que é?

A sífilis é uma infecção adquirida em relação sexual quando não há uso de camisinha, portanto não escolhe idade, sexo, nem classe social. A contaminação nem sempre ocasiona a manifestação de sintomas, o que a caracteriza como infecção, às vezes, silenciosa por meses ou até anos. O primeiro sintoma surge a partir de uma feridinha nos órgãos genitais – pênis, vagina ou ânus – chamada cancro duro, que não dói, não gera pus e desaparece sozinha mesmo que não haja a cura. O segundo estágio da manifestação dessa infecção se dá com queda de cabelo, feridas no corpo, especialmente em mãos e pés, que não coçam.

Sem tratamento, a sífilis pode trazer agravos muito grandes para o sistema nervoso e para o coração, a exemplo de cegueira, demência e aneurisma de aorta (dilatação da artéria aorta). Porém, a maior problemática enfrentada pela rede pública de saúde é a sífilis congênita, que se manifesta quando a mãe não realiza o pré-natal corretamente. A mãe só infecta a criança quando não descobre a presença de sífilis ou quando descobre e não faz o tratamento.

Há também a possibilidade de a mãe descobrir a sífilis tardiamente, por isso o ideal é que o exame seja feito assim que a mesma identifica a gravidez. Quando infectado e não tratado, o bebê apresenta seqüelas, como infecção no nariz (pus), má formação no esqueleto e lesão no sistema nervoso, quando chega a nascer. Às vezes, o bebê chega a vir a óbito antes mesmo do nascimento.

HIV/Aids

Os números relacionados ao HIV/Aids, levantados nos últimos 30 anos, em Sergipe, apontam para 6.376 casos registrados entre adultos e crianças. Desses, 1.452 resultaram em óbitos, conforme o Sinan, da SES, que nesse caso incluiu também pacientes provenientes de outros estados, a exemplo de Bahia e Alagoas. No que diz respeito aos adultos e crianças residentes em Sergipe, o Sinan registrou 6.210 casos. Desses últimos, 1.397 óbitos.

Entre os municípios que apresentam maior prevalência para o HIV/Aids, ou seja, que quantificam o número de casos existentes da doença em uma população, estão Aracaju (44,99%), Nossa Senhora do Socorro (9,4%) e Itabaiana (4,5%). A faixa etária mais prevalente e a que está entre 30 e 39 anos (34,5%).

Segundo Almir Santana, médico e coordenador do programa IST/Aids, a SES está ampliando os locais de disponibilização de preservativos em Aracaju, sendo eles o Terminal Rodoviário Governador Luiz Garcia e ao estabelecimento Max Lanches, localizado na Orla de Atalaia. Além desses locais, camisinhas poderão ser adquiridas em dois cinemas alternativos direcionados para o público composto por homossexuais. As aquisições, por sua vez, acontecem 24 horas por dia.

“Em 2017, tivemos uma equipe coesa e uma população mais esclarecida no que diz respeito aos perigos das IST/Aids, embora ainda tenhamos uma parte da população que não acredita na possibilidade de contrair HIV, e por isso não usa camisinha nas relações sexuais. Um público, cujo comportamento gera preocupações”,  esclareceu Almir Santana.

Share on facebook
Share on twitter
Share on linkedin
Share on whatsapp

Leia também