Aracaju, 19 de abril de 2024
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Sergipe avança na unificação do calendário escolar para a rede estadual

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Por Lívia Lessa

O Governo de Sergipe, por meio da Secretaria de Estado da Educação (Seed), buscando implantar ações que possam refletir na melhoria da qualidade de vida dos estudantes e nos avanços do cenário educacional, sugeriu à comunidade escolar a unificação do término do ano letivo juntamente com o ano civil.

A proposta foi apresentada pelo Departamento de Inspeção Escolar (Dies) e, segundo a diretora Eliana Borges, a estimativa é que em 2018 mais de 70% das escolas da rede estadual de ensino passarão por ajustes no calendário, com o período de férias programado para ocorrer nos meses de janeiro e fevereiro. “Foi feito um estudo e análise e encontramos um modus operandi e sugerimos um calendário para as escolas. Assim, terminaríamos o ano letivo no mesmo período do ano civil”, diz.

Segundo a diretora, a elaboração de cinco calendários respeita todas as normas de férias e recessos para os professores.  Dos cinco, três calendários terminam as atividades no mês de dezembro, e outros dois calendários as escolas finalizam as atividades no mesmo período.

Ainda conforme Eliane Borges, outro ponto positivo é que haverá a diminuição da evasão escolar. “Se as escolas tiverem interesse poderão aderir aos calendários e a previsão é que em 2020 todas as unidades escolares da rede poderão encerrar as atividades juntamente com o calendário civil”, declara. “Já discutirmos com as Diretorias Regionais de Educação (DRE) e iremos também dialogar com as equipes diretivas das escolas”.

Para o secretário de Educação em Exercício, professor Everton Siqueira, a modificação no calendário e junção com o ano civil é um pensamento antigo da Seed e está perto de acontecer. “Dialogamos, fizemos sugestões e em 2018 começaremos a junção. Esperamos que em 2019 as escolas estejam com o ano letivo com início e término juntos com o ano civil, facilitando o pedagógico, o planejamento. Só há benefícios”, afirma.

Iniciativa positiva

O dirigente Nacional da União Brasileira dos Estudantes (Ubes), Márcio Ângelo, reforça que se faz necessária uma avaliação e um estudo estratégico no que concerne ao contexto pedagógico para que se cumpra as 200 horas por matéria. “É uma iniciativa válida e o grande benefício é que não irá dificultar o acesso dos estudantes que são aprovados no nível superior”, comenta.

O presidente da União Metropolitana dos Estudantes Secundaristas, Jonathan Hora, frisou que essa medida é válida também para o lazer e saúde mental dos estudantes. “Os jovens terão a oportunidade de aproveitar o período de férias. Essa já é uma demanda dos discentes da rede estadual de ensino e ao atendê-la e mais uma vez a Seed reforça e demonstra o compromisso com os alunos sergipanos”, reconhece.

Conforme o diretor do Centro de Excelência Atheneu Sergipense, Daniel Lemos, essa iniciativa promoverá muitos ganhos, principalmente para os estudantes sergipanos da rede pública. “O ano letivo terminando juntamente com o ano vigente irá favorecer até mesmo as práticas pedagógicas e a dinâmica da escola”, afirma.

Para ele, outro aspecto considerável é que para o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) o discente já terá visto mais de 50% dos conteúdos exigidos na avaliação.  “Como as universidades já tem o calendário pré-estabelecido os nossos egressos da rede estadual ao serem aprovados não encontrarão dificuldades no momento da matrícula”, complementa.

De acordo com o diretor da Diretoria Regional de Educação 2 (DRE 2), Marcelo Mesquita, por meio da atuação do secretário Jorge Carvalho, Sergipe cada vez mais avança no cenário educacional e esta ação da Inspeção só comprova a atenção com os nossos alunos da rede estadual de ensino. “É uma iniciativa de extrema importância promover estas mudanças. Na DRE 2 a previsão de início do ano letivo em algumas escolas é no mês de fevereiro até maio. Os alunos e ao serem aprovados no nível superior irá facilitar o acesso destes estudantes”, explica ao comentar que os professores e familiares serão beneficiados com os ajustes.

A técnica da Dies na DRE 2, Elisângela Silva do Espírito Santo,  também compartilha desta mesma opinião. “A adequação do calendário escolar ao calendário civil é um ganho não só para os discentes mas para toda a família de um modo geral. Além disso, a logística no que se refere ao transporte escolar e período das férias”, finaliza.

Foto Maria Odilia

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