Aracaju, 23 de abril de 2024
Search

UTOPIA DE UM PAÍS SÉRIO

DIÓGENES BRAYNERplenario@faxaju.com.br

O segundo dia do ano de 2018 em Sergipe foi de ‘ressaca’. Uma vontade incrível de não fazer nada, porque tudo estava meio lento, preguiçoso, enfastiado. O ‘movimento parado’ e poucos fatos acontecendo. Mesmo assim, algumas reflexões em relação a um ano difícil que passou, e dúvidas sobre o que chegou ainda sem graça. Evidente que muitas coisas vão acontecer e surpreender, mas de fato o ano só começa depois do carnaval. Coisa de Brasil…

Muitas conversas vão rolar já a partir da próxima segunda-feira. Em ano político, tudo anda de acordo com a necessidade da formação de grupos e disposição para conquistar um eleitorado aparentemente descrente. Tem quem acredite que o próximo pleito terá um tom diferente. A sociedade vai à caça de candidatos novos e honestos, com objetivo de promover reforma profunda no caráter de ação e representação dos anseios de cada eleitor.

Quem acredita nisso vive a utopia de um País sério…

Infelizmente o eleitorado brasileiro – no qual me incluo – tem essa cara eterna de carnaval e copa do mundo. Poucos votam pela qualidade do candidato. A maioria olha para o “bolso” e o valor que pode ganhar. O voto é pelo que se “paga”, nunca pelo que “faz”. É nesse lema que a corrupção abunda, se enrijece, ataca a todos com vigor e ri cinicamente do voto um tanto quanto otário que recebe.

A eleição desse ano pode acontecer com um certo tom de qualitativo, mas, também, pelo sentimento de que ‘nos locupletemos todos’, inclusive porque já se percebe que a corrupção compensa. Basta olhar o que está acontecendo com a maioria daqueles que levou o Brasil ao caos: quer retornar ao poder e o povo aprova. E por que não, se os que estão no comando também deveriam estar preso?

Não é preciso mudar o Brasil, mas tentar despertar no eleitor o interesse por um País minimamente justo. Basta isso e seremos todos menos dependentes da grana podre que compra dignidade.

ANO COMEÇA COM TRABALHO

As secretarias estaduais e órgãos do segundo escalão já estão trabalhando para renomear cargos em comissão que foram exonerados.

Deve acontecer o retorno até a sexta-feira.

RECONHECE QUE PARALISA

Setores do Governo admitem que sem a presença dos CCs o Estado praticamente paralisa, porque os efetivos só exercem funções específicas.

Além de se recusarem a fazer determinados trabalhos fora da suas categorias funcionais.

PAU PARA TODA OBRA

Já o pessoal em cargo em comissão – aquele que realmente comparece – é pau para toda obra e trabalha sem fazer “c. doce” porque precisa do emprego.

Agora, tem que agir contra a ação dos padrinhos.

ESCOLHE POR PRIORIDADE

Aos secretários estão atuando, sobre a questão dos CCs, através de listas de prioridades de sua Pastas, para ver quem fica dentro de um certo potencial de trabalho.

Quem está na ‘prioridade 1’ tem mais chances de quem fica na ‘prioridade 3’.

ANDRÉ E O LANÇAMENTO

Repercutiu a entrevista do deputado André Moura de que o seu bloco oposicionista – que soma PSC, PSDB e demais partidos de sempre – lançará candidatos este mês.

André não incluiu legenda como o PSB.

NÃO TERÁ NADA CONTRA

Segundo uma fonte bem avisada do grupo, André Moura deixou claro que vai procurar outras legendas, ao lado do senador Eduardo Amorim, para composições.

Onde se deve incluir o PSB e demais partidos, até governistas.

COMENTÁRIO DE ADVERSÁRIO

Um adversário do senador Valadares (PSB) – falando em off – disse que ele recusa não ser protagonista na formação da chapa majoritária e vai se manifestar.

– Pode provocar uma terceira via com o DEM ou PPS, admite.

VIAJA E REÚNE-SE COM TEMER

O deputado federal André Moura viaja amanhã a Brasília para reunião com o presidente Michel Temer e retorna à noite a Aracaju.

Na sexta-feira cumpre agenda no interior e anuncia recursos.

CONVERSAS COM O PPS

O senador Antônio Carlos Valadares (PSB) já está conversando com o PPS sobre formação de uma provável terceira via. O último encontro foi dia 28 passado.

Tratam sobre montagem de um novo grupo político.

DETALHE SOBRE O SENADOR

Senador Valadares já deixou claro que topa qualquer parada. Ou seja: disputar reeleição ou o Governo do Estado. Mas vai esperar lançamentos das demais candidaturas.

Não quer ser taxado de provocar dissidência…

QUER PARTICIPAR DA ESCOLHA

Valadares demonstra interesse em participar diretamente da formação da chapa majoritária e adotar uma posição política de comando.

Valadares sempre esteve em posição de destaque nas composições.

PADRE INALDO TEM CANDIDATOS

O prefeito de Socorro, Padre Inaldo (PCdoB), já deixou pistas de que vota em Luciano Bispo à reeleição e em André Moura a qualquer mandato. Inclusive ao Governo.

Jackson será seu candidato ao Senado.

PPS TEM QUE ESTAR NO PÁREO

Um membro do PPS defende que o partido não deve entrar em nenhuma composição ou participar de qualquer chapa, que não esteja no mesmo páreo das demais siglas.

Para discutir inclusive chapa majoritária…

PARTIDO MANTÉM MÊS DE ABRIL

O deputado federal Valadares Filho, que é presidente o PSB em Sergipe, mantém que vai formalizar a montagem da chapa no mês de abril.

– Cada partido tem autonomia para definir data de lançamento.

LÍDER DA OPOSIÇÃO NA ALESE

A bancada da oposição realiza reunião antes do início das sessões na Alese, para tratar sobre o líder da bancada, que se encontra vaga desde o início do recesso.

A maioria quer que Georgeo Passos permaneça como líder.

ELEIÇÃO DE 2018 SERÁ ATÍPICA

Para o ex-deputado Bosco Costa (Pros) as eleições deste ano serão atípicas, porque o povo não está querendo votar. Para ele será alto o índice de brancos e nulos.

Diz que está preocupado com o futuro do Estado. Acha que “não vai bem”.

SUKITA E SUA ASSINATURA

O ex-prefeito Manoel Messias Sukita já tinha laudo do PF desde agosto, dizendo que a sua assinatura fora falsificada, mas não diz quem havia falsificado.

Mas, laudo do TRE mostra que a assinatura é verdadeira.

SUKITA TERIA FALSIFICADO

Mais uma estória nesse problema da falsificação de assinatura. O TSE afirma que foi o próprio Sukita quem falsificou a sua candidatura.

E assim continua o processo que não terá final feliz.

Notas

Deu na Coluna do Estadão – Partidos mais estruturados querem barrar o uso do fundo partidário para financiar campanha deste ano. Acham desleal a competição com siglas menores que guardam recursos ao longo do ano e despejam na eleição candidatos, quando eles precisam investir valores para manter o dia a dia partidário.

0x0

Roubo como tarefa partidária – Augusto de Franco diz que o fato do PT não confessar, não delatar, não devolver nada do que roubou, não aceitar as penas impostas pela justiça e ainda acusar os juízes é prova que o PT não é igual aos outros partidos corruptos. Não porque seja honesto e sim porque roubou como tarefa partidária.

0x0

Pressão sobre desembargador – Victor Laus, um dos desembargadores que julgarão Lula, está sendo pressionado fortemente a pedir vista da ação ou absolver o petista. Em troca, disseram a Laus que ele poderá ser promovido a ministro do STJ, cargo ao qual já foi candidato. Laus chegou ao TRF-4 pelo quinto constitucional do MPF.

0x0

Linha de financiamento – Caixa retomou ontem a linha de financiamento habitacional Pró-Cotista, que havia sido suspensa em junho do ano passado. A modalidade oferece taxa de juros de 7,85% (clientes com débito em conta ou conta-salário) a 8,85% ao ano – é a menor para quem não se enquadra no programa Minha Casa, Minha Vida

0x0

Maia defende reforma – O presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM), defendeu a aprovação da reforma da Previdência. Para ele, a reforma é importante para solucionar o desequilíbrio fiscal do país e adiar a votação da proposta é “empurrar para o futuro a urgência de uma agenda social que mude de fato a vida do brasileiro”.

0x0

Detentos mortos na Papuda – Dois detentos morreram na Papuda, em Brasília. Segundo a Subsecretaria do Sistema Penitenciário (Sesipe), o primeiro óbito foi registrado no domingo e o segundo ontem. O episódio é usado pela defesa do deputado federal Paulo Maluf (PP-SP) para questionar as condições do presídio.

Conversando

Passagem de ano – Muitos pré-candidatos nas eleições de 2018 passaram o reveillon em Sergipe, principalmente em Aracaju, na praia de Atalaia.

Sem animação – Não foi um passar de ano de muita animação. A maioria se lamentava do ano que se findava e a expectativa é de que 2018 não seja pior.

Não houve pressão – Muitas cidades do interior realizaram festas de final de ano, sem pressão do Ministério Público e do Tribunal de Contas.

Mais restaurantes – A vereadora Emília Correa cobra a construção de mais restaurantes populares em Aracaju, em benefício dos mais pobres.

Depois do carnaval – Conversas políticas não pararam de rolar durante este período de final de ano. Mas os entendimentos começam mesmo depois do carnaval.

Fica em Simão Dias – O pré-candidato a governador Belivaldo Chagas ficou em Simão Dias ao lado de amigos e de aliados políticos.

Várias conversas – A partir de segunda-feira as conversas de bastidores se iniciam com maior frequência, nos primeiros passos para composições.

Juntar dinheiro – Segundo Avaliação do SPC Brasil, publicada ontem, a principal meta dos brasileiros em 2018 é juntar dinheiro.

Votos cruzados – As eleições ao Senado em Sergipe pode ocorrer através de ‘votos cruzados’ e surpresas no resultado final.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Leia também