Aracaju, 20 de abril de 2024
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PRIMEIRO CICLO DO LIRAa COMEÇOU NESTA SEMANA EM ARACAJU

A Prefeitura Municipal de Aracaju, através da Secretaria Municipal da Saúde (SMS), começou a coletar dados de 2018 para o Levantamento Rápido do índice de Infestação por Aedes aegypti (LIRAa). O trabalho tem como objetivo verificar o índice de infestação predial no município e segue uma orientação do Ministério da Saúde. Desde o início da semana, agentes de endemias visitam casas e estabelecimentos comerciais de bairros da capital em busca de possíveis focos de larvas do mosquito transmissor da dengue, zika e chikungunya.

O LIRAa é realizado a cada dois meses e todo o material coletado durante o levantamento é encaminhado para análise laboratorial. “Nós visitamos imóveis de cada bairro de Aracaju para detectar a presença ou não de larvas do mosquito Aedes aegypti. Essas larvas são encaminhadas ao laboratório no Centro de Controle de Zoonoses (CCZ) que vai confirmar se realmente são do Aedes aegypti ou de outro mosquito”, explicou a diretora de Vigilância em Saúde (DVS) da SMS, Taíse Cavalcante.

Outras cinco coletas de dados, ainda serão realizadas em 2018. Aracaju faz o levantamento seis vezes por ano, o dobro do número exigido pelo Ministério. Os resultados de cada LIRAa apontam os bairros com maior índice de infestação, norteando as ações que serão desenvolvidas pelo Programa Municipal de Controle do Aedes, ao longo do ano. Com base nos números, também é possível intensificar o combate ao mosquito.

Último Resultado

O último Levantamento Rápido do Índice de Infestação de 2017 foi realizado no mês de novembro, quando o índice geral de Aracaju foi de 1,0, valor considerado como “médio risco” ou “alerta” para o aparecimento de surtos ou epidemias. Essa foi a menor estatística registrada nos últimos 14 anos, no mês de novembro.

Segundo a diretora de Vigilância em Saúde (DVS) da SMS, Taíse Cavalcante, o último levantamento anual é muito importante no Brasil. “Esse LIRAa de novembro antecede o verão que é o período de mais risco ou que tem a probabilidade maior de ter uma epidemia, de iniciar um processo de surto-epidemia no município. Por isso, a gente trabalha novembro pensando em janeiro do ano seguinte. Nesse caso, pensamos em 2018”, ressaltou.

Casos notificados e confirmados

De acordo com informações da Diretoria de Vigilância em Saúde do Município, no ano passado foram notificados 567 casos das três doenças (dengue, chikungunya e zika). Um número bem abaixo do que foi identificado em 2016, quando foram notificados 3.170 casos. O quantitativo de casos confirmados também diminuiu, passou de 1.815 para 204.

Para Taíse Cavalcante, esse resultado só foi possível graças ao trabalho conjunto feito com as secretarias municipais do Meio Ambiente (Sema), Educação (Semed), a Empresa Municipal de Serviços Urbanos (Emsurb) e a população. “O serviço público faz a parte dele, mas a ajuda da população também é necessária. O cidadão precisa fazer a parte dele, pois quem deixar de fazer pode prejudicar o outro. O trabalho em conjunto garante um resultado final com o meio ambiente com números cada vez menores do Aedes aegypti”, alertou.

 

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