Aracaju, 25 de abril de 2024
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Ações de vandalismo causam prejuízo aos cofres municipais

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O bom funcionamento da sinalização semafórica tem sido uma das preocupações da Prefeitura Municipal de Aracaju. O trabalho de manutenção realizado pela Superintendência Municipal de Transporte e Trânsito (SMTT) garante uma melhor fluidez na capital, mas esse serviço poderia ser mais efetivo se não fosse o vandalismo. A ação de vândalos é recorrente, principalmente na zona Sul de Aracaju.  Alguns furtam cabos da fiação elétrica dos equipamentos o que pode provocar acidentes no trânsito por estarem apagados.

Em 2017, o órgão contabilizou 19 ocorrências de furtos de cabos. No total, foram levados em média 1.610 metros. Um prejuízo de R$ 7. 245. A ação gerou a queima de dois controladores que necessitaram ser substituídos e que custaram R$ 24.000 aos cofres públicos. A Superintendência também registrou duas ocorrências de furtos de grupos focais semafóricos que precisaram ser repostos e custaram R$ 2.600. Outro ponto que também preocupa a SMTT é o número de placas de trânsito danificadas. Em média, 310 placas foram respostas no ano passado. Uma média de 30% do total de placas implantadas. Um gasto de mais de R$ 46.500. O total aproximado de prejuízos causados por ações de vandalismo e depredação em 2017 foi de aproximadamente R$ 80.345.

Segundo a diretora de Planejamento e Sistemas da SMTT, Lucimara Passos, o vandalismo prejudica a mobilidade urbana da cidade. “Não é fácil religar um semáforo, repassar todos os cabos. Quando ele é vandalizado pode ficar inoperante por horas. Isso significa que um semáforo inoperante oferece risco à população. Além disso, vai demandar uma equipe para ordenar o trânsito naquele local, em vez de ele estar sendo feito de forma automática, e essa equipe poderia estar em outro lugar executando diferente atividade. Este ano já ocorreu um furto de 400 metros de cabos de um semáforo que ainda está em instalação na avenida José da Silva Ribeiro, nas imediações do Bairro América “, alertou.

Outro ponto relevante colocado pela diretora é a danificação de placas de trânsito. “As pessoas precisam compreender que nós vivemos em sociedade e que é necessário o regramento, leis para que as relações ocorram de forma harmônica. Quando existe uma proibição de estacionar em determinado lugar é porque existe a necessidade, existe risco e às vezes o interesse da pessoa em estacionar pode estar entrando em conflito com o interesse da coletividade. As pessoas precisam entender que não se pode colocar o interesse pessoal acima do interesse coletivo”, pontuou.

O vandalismo na cidade compromete a qualidade dos equipamentos que são ofertados à população. Esse tipo de ação é tipificado no artigo 163 da Lei n°2.848/40 do Código Penal, que discorre sobre o dano ao patrimônio público. A variação de um mês a três anos de reclusão parece não inibir a ação dos malfeitores que, por exemplo, oneram os cofres públicos através  do furto de cabos e luminárias da iluminação pública. O presidente da Empresa Municipal de Obras e Urbanização (Emurb), Sérgio Ferrari, lembra que também os espaços públicos são alvos de depredação frequentemente.

“Isso gerou recentemente um prejuízo à Prefeitura de mais de 50 mil reais. Ainda existe também o vandalismo que ocorre nas praças. Os vândalos quebram bancos e brinquedos. A pichação é outro problema. Outro fato interessante e que as pessoas não percebem é que o ato de jogar resíduos no chão, lixo nas ruas, provoca o entupimento da rede de drenagem e ela provoca o rompimento dos tubos”, afirmou Ferrari.

Foto assessoria

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