Aracaju, 27 de abril de 2024
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Sergipe é referência em desenvolvimento infantil com o Programa Criança Feliz

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Primeiro bebê atendido no Brasil chama-se Uemerson dos Santos, tem oito meses, é sergipano e natural de Pacatuba

Com a meta de promover o desenvolvimento humano a partir do apoio e acompanhamento integral na primeira infância, o Programa Criança Feliz foi lançado em Sergipe em março de 2017. O Estado foi o primeiro do País a receber visitas pelo programa, sendo que a primeira ocorreu no município de Pacatuba, no litoral norte do Estado. Hoje, seis meses após a visita inicial, o suporte do programa tem surtido grandes efeitos. Em todo o Estado, o Criança Feliz atende um público médio de 7.500 beneficiários.

Uemerson dos Santos foi o primeiro bebê atendido pelo programa. Aos oito meses de idade, ele já se mostra esperto, grande e forte, segundo classifica sua mãe, Nubia dos Santos. “Ele está se desenvolvendo melhor. Já senta, encosta, brinca, sorri. Coisas que os irmãos mais velhos não faziam porque não tinha o programa para me orientar”, conta. O exemplo de Uemerson prova que Sergipe é referência do programa em todo o País.

Nubia é mãe de outras quatro crianças além de Uemerson. A família recebe uma vez por semana a visitadora do Criança Feliz, Maria Linaelte Barbosa. Maria é responsável por instruir Nubia na condução de atividades que desenvolvem a coordenação motora e a inteligência de Uemerson, além de contribuir para a construção do vínculo afetivo entre mãe e filho. “Agora eu brinco bastante com ele. Do jeito que a visitadora orienta, eu faço. Antes do programa, não sabia o que era importante fazer”, explica.

Em Pacatuba, três visitadoras se dividem para atender as 94 famílias que são atendidas pelo Criança Feliz. De acordo com Maria Linaelte, as mudanças geradas após o início das visitas são perceptíveis. “Quando as visitas começaram, eu chegava e muitas crianças não conheciam cores. Algumas sequer sabiam brincar com uma bola. Estamos vendo essa evolução. As crianças estão mais atentas e o programa chega a quem realmente precisa”, afirma a visitadora.

Para a supervisora do Criança Feliz no município, Suzana da Silva, a implementação do programa trouxe avanços visíveis e constantes. “Com o passar do tempo, estamos vendo que as crianças estão bem melhores. As mães já têm mais consciência porque veem o que mudou”, diz.

A coordenadora do Criança Feliz em Sergipe, Rita de Cássia Ferreira, afirma que a aceitação em relação ao programa não é grande apenas em Pacatuba, mas também em outros municípios. “Ficamos felizes com a grande adesão dos municípios e com o fato de eles terem atendido tão prontamente ao nosso chamado. Isso nos mostra muita disposição para fazer valer o programa”, comenta.

Seminário

Entre os dias 16 e 17 de maio de 2017, mais de 300 pessoas de 63 municípios sergipanos participaram do Seminário Estadual Intersetorial do Programa Criança Feliz. O evento foi realizado pela Secretaria de Estado da Mulher, Inclusão e Assistência Social, do Trabalho e dos Direitos Humanos (Seidh) para orientar os operadores municipais do programa sobre a sua execução.

O evento foi dividido por regiões: no primeiro dia, municípios da Grande Aracaju, Agreste, Leste Sergipano e Médio Sertão; no segundo, municípios do Sul Sergipano, Centro-Sul, Alto Sertão e Baixo São Francisco.

“Nos países onde essa experiência foi implementada houve muito sucesso, porque a primeira infância precisa de um tratamento diferenciado. É comprovado que a forma de tratar, conduzir, interagir e alimentar dos pais pode produzir melhores ou piores resultados na vida futura desse indivíduo, como estimular ou reduzir a violência, incentivar ou bloquear o aprendizado, estimular ou inibir a socialização, entre outros aspectos”, pontua o secretário da Seidh, José Sobral.

Programa

O lançamento do Programa Criança Feliz em Sergipe contou com a presença do ministro do Desenvolvimento Social, Osmar Terra, e do governador Jackson Barreto. O programa objetiva qualificar e incentivar o atendimento e acompanhamento nos serviços socioassistenciais para: gestantes, crianças de até 36 meses e suas famílias beneficiárias do Programa Bolsa Família; crianças de até 72 meses e suas famílias beneficiárias do Benefício de Prestação Continuada (BPC); e crianças de até 72 meses afastadas do convívio familiar em razão da aplicação de medida de proteção prevista no art.101, caput, incisos VII e VIII, da Lei nº 8.069, de 13 de julho 1990, e suas famílias.

Proposto pela primeira dama Marcela Temer e regulamentado pelo decreto de número 8.869, de outubro de 2016, o Criança Feliz busca incentivar o melhor cuidado com as crianças, por meio de visitas promovidas por assistentes sociais do Governo Federal, passando orientações a respeito da amamentação e de outras formas de nutrição infantil, estimulando o desenvolvimento integral das crianças na primeira infância, em situação de vulnerabilidade e risco social, fortalecendo vínculos familiares e comunitários. Em todo o Brasil, as visitas domiciliares já beneficiam mais de 203,5 mil pessoas em 1.816 municípios.

O Programa também potencializa as atenções já desenvolvidas pela política de Assistência Social às gestantes, crianças na primeira infância e suas famílias e traz novos elementos para fortalecer o enfrentamento da pobreza para além da questão da renda e para reduzir as desigualdades. O Programa fortalece, ainda, a referência dos Centros de Referência de Assistência Social (CRAS) nos territórios para as famílias beneficiárias do Bolsa Família e com Benefícios da Prestação Continuada.

Fonte e foto assessoria

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