Aracaju, 19 de abril de 2024
Search

Temer acerta com intervenção no Rio e “esfria” greve geral contra a Previdência

Com uma das maiores rejeições da história do País, o presidente da República Michel Temer (MDB), em meio a tantas medidas impopulares que desenvolveu ou que foi obrigado a empreender, enfim parece ter acertado quando determinou a intervenção federal na Segurança Pública do Estado do Rio de Janeiro, assinada na última sexta-feira (16). Até alguns dos maiores adversários do Planalto se renderam a medida, desesperada é verdade, mas que soa como única alternativa para a realidade Fluminense. A insegurança é um drama nacional e qualquer movimento para contê-la tem aprovação popular.

Mas em meio a tantas críticas contra Michel Temer, é preciso reconhecer seus méritos, sobretudo do ponto de vista político. Diferente da ex-presidente Dilma Rousseff (PT), o emedebista provou ter muita habilidade do ponto de vista político para manter-se no cargo até o final, mesmo a frente de um governo tão impopular, mas obtendo vitórias até então improváveis no Congresso Nacional. Mesmo sob muita pressão, Temer foi habilidoso ao aprovar a Reforma Trabalhista e vinha, vagarosamente, costurando acordos pela emplacar a Reforma da Previdência.

Este colunista não vai entrar no mérito se é positiva ou negativa, até porque existem muitos pontos controversos e que merecem um debate bastante amplo. Mas voltando a Michel Temer, após garantir sua permanência na presidência da República, pelo menos até dezembro deste ano, se não conseguiu os votos necessários para a Reforma da Previdência, trabalhou rápido e ainda deu muita sorte ao conseguir “tirar um coelho da cartola”: a intervenção federal na Segurança do Rio de Janeiro – que era necessária, diga-se de passagem – virou uma espécie de “escudo” que vai blindar um pouco o governo federal dos críticos à Reforma.

A Previdência ficou em segundo plano, saiu da pauta no momento e o desgaste findou sendo mínimo para o governo, sobretudo do aspecto político. Tanto que conseguiu jogar “um balde de água fria” na “greve geral”, arquitetada pelos movimentos sociais e entidades sindicais para essa segunda-feira (19), em todo o País. Os manifestos findaram sendo bastante tímidos, o que politicamente é muito positivo para o governo de Michel Temer, já tão desgastado e combalido. Ganhou um pouco mais de oxigênio para seguir em frente, dialogando com o Congresso Nacional.

Não se sabe se Temer ainda vai tentar emplacar a Reforma da Previdência. O ano eleitoral inviabiliza a agenda legislativa e é provável que o assunto saia da pauta, por enquanto. Em meio à intervenção no Rio de Janeiro, e diante das incertezas sobre a eleição presidencial, como bom articulador, o chefe do Planalto já deve começar as tratativas para definir quem será seu “sucessor”, quem deverá ser o candidato do governo em outubro. E que, por mais rejeição que possa acumular, o presidente já provou que é “bom de pancada” e que “joga a política” como poucos…

Veja essa!

Em conversa com este colunista, o líder do governo na Alese, deputado Francisco Gualberto (PT), confirmou que o PT vai pleitear sim um espaço na chapa majoritária e que o nome que vem sendo trabalhado pelo consenso é o de Rogério Carvalho.

E essa!

Questionado por este colunista se existe alguma aliança “branca” entre o governador Jackson Barreto (MDB) e o líder do governo no Congresso Nacional, deputado André Moura (PSC), Gualberto disse que “não tenho informações sobre alianças de prata, de ouro e de bijuterias. A aliança que discutimos é a que estamos envolvidos”.

Sobre André

Em seguida, ao ser perguntado se o deputado André Moura é um aliado ou adversário do Estado, o líder do governo de JB disse que “eu não quero avaliar. Há muito tempo que o deputado é adversário do bloco político do qual eu faço parte. Eu não conheço nada que tenha mudado essa realidade”.

Sobre os recursos

Por fim, diante de mais um questionamento se o governo do Estado não deveria buscar André Moura como fez o prefeito de Aracaju, Edvaldo Nogueira, para viabilizar recursos federais, Gualberto encerrou dizendo que “eu não discuto este tema, que está fora da minha alçada e fora da minha vontade de discutir”.

Nem discute

Em síntese, o líder do governo de Jackson Barreto deixou claro que não tem a mínima vontade de discutir uma possível aliança política e, talvez, até administrativa, com o deputado federal André Moura.

Ana também rejeita

A deputada estadual Ana Lúcia (PT) é outra que também demonstra não querer qualquer aproximação com André Moura. Em entrevista ao radialista Goerge Magalhães, a petista disse que “ele (André) tem vários processo, e ainda tem a questão de Pirambu”.

Primeiro ministro

“André Moura mais parece um primeiro ministro, liberando muitos recursos. Aliás, eu vejo muitas assinaturas, mas não sei se o dinheiro está vindo e se as obras estão sendo licitadas”, provocou a petista, dizendo que o governo de Michel Temer trabalha para desviar a atenção dos processos com a intervenção no Rio de Janeiro.

Edvaldo defende

Por sua vez, em recente ato de assinatura de ordens de serviços na capital, o prefeito Edvaldo Nogueira (PCdoB) saiu em defesa de André Moura dizendo que “o deputado André foi quem estendeu a mão e foi fundamental na liberação dos recursos”.

Alegria com André

O prefeito de Aracaju não escondeu a alegria de ter a participação do parlamentar na liberação de verbas. Por isso, sou muito grato. Esta parceria vai nos permitir, até março, iniciar uma série de obras na cidade, que representarão um investimento de mais de R$ 250 milhões”.

Capela I

O ex-prefeito de Capela, Ezequiel Leite (PR), vem a tona para sair em defesa dos alunos do município que estudam ou fazem estágio em Aracaju, e que estão sem o transporte escolar desde o início do ano, por uma decisão da prefeita Silvany Sukita. Ezequiel citou as reuniões e manifestos que estão ocorrendo contra a desastrosa gestão e entende que a prefeita não pode cobrar o transporte dos estudantes.

Capela II

Semana passada a Comissão dos Estudantes Técnicos e Universitários de Capela conseguiu o apoio da Promotoria na denúncia formulada contra a prefeita Silvany Sukita que, simplesmente, cortou o transporte dos alunos que estudam ou fazem estágio na capital. Ezequiel lembrou que no sábado (17), estudantes, pais, advogados e representantes da sociedade capelense participaram de uma reunião.

Ezequiel Leite I

Na oportunidade a Comissão detalhou a denúncia feita ao MPE e o entendimento da procuradoria e foram traçadas as diretrizes para a reunião que está agendada com a prefeita para esta terça-feira (20), a partir das 9 horas, na Câmara Municipal. Ezequiel Leite assegurou o transporte gratuito para os estudantes até o final de sua gestão, em dezembro de 2016.

Ezequiel Leite II

“Vejam a falta de responsabilidade da prefeita de Capela: desde janeiro que os estudantes do município estão sem transporte escolar para Aracaju. Comenta-se que alguns estudantes já foram reprovados por faltas e outros estão perdendo seus estágios. Essa é a prova maior da falta de compromisso dessa gestão que, em mais de um ano, tem como principal marca as festas e eventos financiados com dinheiro público”, criticou o ex-prefeito.

Recuar na cobrança

Ezequiel entende que o movimento dos estudantes é apartidário e que a prefeita deve não apenas receber a Comissão, como recuar na proposta de cobrar o transporte escolar. “Existe uma lei municipal de 1997 garantindo o transporte para os alunos dos cursos técnicos e profissionalizantes, mas ainda assim a prefeita fez o corte. É a primeira vez, em 15 anos, que uma prefeita de Capela suspende o transporte dos técnicos e universitários para Aracaju”.

 Promessa de campanha

Por fim, o ex-prefeito lembrou que desde o começo da gestão, em 2017, que a prefeita tenta cobrar o transporte dos estudantes. “A pressão foi grande e recuaram. Agora querem que os estudantes formem uma Associação para que os alunos paguem a metade do serviço que deveria ser público. A prefeita Silvany diz que eu falo inverdades, mas foi ela quem assumiu o compromisso do transporte gratuito na campanha junto aos estudantes. Não cumprem nem o que assinam. Uma vergonha!”

Maria do Carmo I

A senadora Maria do Carmo Alves (DEM) considerou “extremamente oportuna” a decisão da Segunda Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) de julgar, provavelmente nesta terça-feira (20), um Habeas Corpus coletivo que busca garantir prisão domiciliar a todas as mulheres grávidas que estão presas preventivamente, bem como às que são mães de crianças de até 12 anos.

 Maria do Carmo II

“É uma questão de humanidade. A gravidez é um momento sublime da mulher”, disse Maria, ao lembrar de propositura de sua autoria que garante tratamento humanitário às presas em trabalho de parto e proíbe o uso de algemas nessas situações.   O projeto, ressaltou a senadora, “é uma tentativa de proteger a saúde das gestantes presas e de seus bebês, pois o uso de algemas traz riscos, inclusive de antecipação do parto”.

Senador Elber I

Preocupado com o crescimento dos registros de afogamentos na Costa brasileira e em alguns rios e lagoas espalhados pelo País, o senador Elber Batalha (PSB) defende que os governos, federal, estaduais e municipais, intensifiquem campanhas de alertas de prevenção, alertando para os riscos, sobretudo para os pais que levam seus filhos às praias e que, geralmente, fazem a perigosa combinação com bebidas alcóolicas.

Senador Elber II

“Nossas crianças são bens preciosos que nós temos que cuidar com o maior zelo e o maior amor. Uma pequena desatenção pode ser fatal! Acho que nossa Costa precisa ser mais monitorada, com mais bombeiros e com o uso da tecnologia e é preciso um rigor maior na sinalização das praias, rios e lagoas no País. Uma vida não tem preço e eu acho este investimento válido”, defende o senador.

Afogamentos

Elber Batalha toma, por exemplo, os sucessivos registros de afogamentos que estão ocorrendo em Sergipe, seu Estado de origem. “O verão chegou em dezembro, mas bem antes disso já fazia muito calor no Nordeste e muitas famílias buscam praias, rios, lagoas e piscinas. É evidente que os bombeiros ou salva-vidas não estarão em todos os lugares, mas precisamos de um efetivo maior nessas áreas”.

Cuidado redobrado

O senador lembrou ainda que o período é marcado pelos festejos de Natal, de Reveillon e do Carnaval. “Em Sergipe, apenas nesse final de semana, foram quatro afogamentos, na capital e no interior. É um período onde as pessoas procuram se refrescar e é quando o poder público precisa redobrar o cuidado, intensificando os alertas, buscando conscientizar sobre os riscos. Acho que o governo federal, em parceria com os Estados e Municípios, precisam buscar algo positivo neste sentido”.

CRÍTICAS E SUGESTÕES

habacuquevillacorte@gmail.com e habacuquevillacorte@hotmail.com

Leia também