Aracaju, 29 de março de 2024

Professor do Colégio Dom Luciano leva papel da mulher na literatura brasileira

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Por Lívia Lessa

Professor do Colégio Dom Luciano leva papel da mulher na literatura brasileira para espetáculo apresentado neste sábado, 23. Projeto idealizado pelo professor Fabiano Oliveira, do Centro de Excelência Dom Luciano Cabral Duarte, entra na terceira edição, num passeio pela encenação de contos, histórias e personagens de autoras brasileiras

O Centro de Cultura e Arte J. Inácio, localizado na Orla de Atalaia, em Aracaju, neste sábado, 24, às 17h30, será o palco da III Edição do Vitrine Literária. O projeto idealizado pelo professor Fabiano Oliveira, do Centro de Excelência Dom Luciano Cabral Duarte, neste ano traz como temática “O papel da mulher na Literatura Brasileira: um passeio pelas páginas”.

A Vitrine Literária contará com apresentação das linguagens artísticas diversas que irão dialogar entre si.  No palco, serão apresentadas releituras das produções de Jorge Amado, José de Alencar e Clarice Lispector. Neste ano, outra novidade é que o público irá conhecer mais do livro O canto da Sereia, de Nelson Mota. “A Vitrine Literária 2018 traz ainda as poesias de Cecília Meireles e sua preocupação com o tempo e a força das letras femininas de Adélia Prado. O intuito é unir as artes em torno de uma só temática”, diz Fabiano Oliveira.

Ele anuncia que nesta terceira edição o empoderamento feminino e a literatura unem-se. Dessa maneira, a sociedade sergipana terá a oportunidade de apreciar releituras importantes que trazem uma abordagem do contexto histórico, social, político e literário, como Tieta do Agreste, romance de Jorge Amado, e Lucíola, obra de José de Alencar, tão opostos, mas que se encontram com a temática da prostituição.

“O objetivo é expor perfis femininos, ora apaixonantes, ora empoderados.  Será possível perceber como sonoridades aproximam literatura da música com as composições Rosa, do Olodum; Luz de Tieta, de Caetano; Trio em Transe, de Daniela Mercury e Pagu, de Rita Lee”, destaca Fabiano Oliveira. De acordo com ele, o evento traz ainda a poesias de Cecília Meireles e sua preocupação com o tempo e a força das letras femininas de Adélia Prado. “O intuito é unir as artes em torno de uma só temática.  A Orla estará mais bonita com as estrelas do Dom Luciano. Peças como Joga Pedra na Geni e o Canto da Sereia serão apresentadas pela Companhia O Canto do Teatro do Centro de Excelência Dom Luciano. Enfim, o projeto tem a junção da arte, literatura e música como base do ensino e aprendizagem”, diz.

Prática pedagógica

De acordo com o professor, o projeto é a culminância da prática pedagógica já utilizada em sala de aula e que já vem conquistando visibilidade no espaço nacional sendo matéria de destaque no programa “Como Será”, da Rede Globo. O professor explica que a participação no projeto acontece de maneira democrática. “A iniciativa conta com a liberdade do aluno em escolher como quer ser avaliado. Dessa maneira, além da tradicional prova, o estudante pode optar por uma avaliação qualitativa que foca em aspectos práticos da aprendizagem, como assimilar o conteúdo fazendo e não apenas decorando”, ressalta.

Ao comentar acerca do protagonismo juvenil, Fabiano Oliveira destaca que são os jovens que tomam as decisões. ” A vitrine é uma atividade que permite que os alunos sejam o protagonista em todos os aspectos. Assim, eles podem ler, dirigir, encenar e, consequentemente, assimilar todo o conteúdo”, complementa.

De acordo com a diretora, Marli Barreto, o Centro de Excelência Dom Luciano já é referência no desenvolvimento de projetos pedagógicos e, segundo Barreto, o modelo de ensino médio em Tempo Integral permite a descoberta de talentos, além de desenvolver as habilidades e competências sociemocionais dos jovens.  “A cada ano a Vitrine Literária ganha mais visibilidade e os alunos também demostram interesse em participar. O evento já se consagrou não só como mais um projeto da unidade escolar, mas também da Secretaria de Estado da Educação (Seed). É uma oportunidade para mostrar a sociedade sergipana o que é produzido na escola pública”, observa.

Banda Quilombo

Ainda segundo o educador, para abrilhantar a apresentação a grande novidade deste ano será o show da Banda Quilombo. “A banda é percursora do samba reggae em Sergipe e irá dar o tom da arte junto aos alunos do ensino médio em tempo integral que até o momento conta com 87 alunos aprovados no Exame Nacional de Ensino Médio (Enem) “, disse.

O vocalista da banda, Marcelo Mariha, relembra que ficou lisonjeado ao receber o convite do docente para participar da terceira edição do evento. “Ao saber da proposta imediatamente abracei a causa, pois é enriquecedor aliar a música e a literatura. Além de fomentar a produção cultural nas escolas, é necessário que mais professores realizem atividades como esta”, disse, ao elogiar a ação. “Essa parceria irá render bons frutos já que a sociedade sergipana terá a oportunidade de ser presenteada com trabalho rico e com qualidade”, finaliza.

Foto: Eugênio Barreto/ Arquivo Seed

 

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