Aracaju, 13 de maio de 2024
Search

Fundat oferece suporte a quem busca formalização profissional

5

Jean Auday, 31 anos, descobriu o gosto pela tecnologia da informação quando precisou desenvolver um projeto de web designer para um amigo. Trabalhando como técnico em informática, ele deixou os hardwares para se dedicar aos softwares e essa é sua profissão desde 2012. Com o objetivo de profissionalizar ainda mais o seu negócio, ele decidiu se tornar um Microempreendedor Individual (MEI) e para isso contou com a ajuda da Fundação Municipal de Formação para o Trabalho (Fundat), órgão ligado à Prefeitura de Aracaju.

O MEI é um projeto do governo federal criado em 2009 que tem como objetivo formalizar trabalhadores autônomos que exercem funções na área de serviços, comércio ou indústria. Com a formalização, o trabalhador passa a contar com benefícios como aposentadoria, auxílio doença, auxílio maternidade, emissão de notas fiscais, entre outros. Em Aracaju, a Fundat possui um espaço para orientar os autônomos que buscam essa formalização.

“Qualquer pessoa pode realizar o cadastro do MEI em casa, pela internet, porém, muitos ainda têm dúvidas no preenchimento de alguns itens, por isso, temos aqui na Fundat uma equipe para ajudar e orientar esses trabalhadores, que podem procurar a Fundação e solicitar o serviço”, explica a diretora de empreendedorismo e cooperativismo da Fundat, Rosana Amaral. A taxa mensal para cadastro no MEI varia de R$52 a R$57 e também dá direito ao microempreendedor contratar um funcionário.

Fortalecimento do MEI

Atualmente, a Fundat busca fortalecer e incentivar os trabalhadores a buscarem a formalização através do MEI. Quem procura a fundação, além de receber as orientações referentes ao cadastro, ainda conta com outro tipo de suporte. “Depois de realizarmos o cadastro no MEI, a depender do tipo de negócio, damos outros encaminhamentos, como a retirada de outros alvarás que a pessoa precisará para seguir com o negócio. Se for um proprietário de um food truck, por exemplo, e precisar da licença da Empresa Municipal de Serviços Urbanos (Emsurb), já informamos toda a documentação necessária para que ele já procure o órgão com tudo em mãos”, esclarece Rosana.

Empreendedores

Quando começou com o negócio de web designer, em 2012, Jean Auday não imaginava que isso se tornaria a sua principal fonte de renda. “Meu primeiro projeto foi a criação de uma página para o teatro sergipano, que acabou não tendo continuidade, mas a partir daí peguei gosto pela área e é com o que eu trabalho até hoje”, explica.

Jean desenvolve sites, logomarcas e trabalha com tudo que envolve internet em empresas. Atualmente, ele colhe os benefícios conquistados após ter se tornado um MEI. “Depois que eu fiz o MEI, ficou muito mais fácil conquistar empresas grandes, pois elas trabalham muito com nota fiscal e hoje eu já posso emitir. Se você começar de baixo, sem esse suporte que o MEI dá, você perde muito cliente. Agora as coisas melhoraram”, afirma.

Após a formalização, Jean também teve a oportunidade de contratar um amigo para ajudá-lo nos trabalhos maiores. Tudo de forma legal. O empreendedor já faz planos para o futuro. “Hoje eu me mantenho com isso, mas sei que para me consolidar ainda falta muita estrada pela frente. O mercado está bom para isso e espero que em 2018 dê uma alavancada”, finaliza.

A oportunidade de crescer profissionalmente também levou Petrônio Santos a procurar a formalização. Com sua bicicleta, há cinco anos, ele vende pizzas diariamente nas ruas da localidade em que mora, o bairro Aruana. Com o tempo, passou a fornecer os alimentos também a escolas, empórios e padarias. Ele participou da oficina de Higienização e Manipulação de Alimentos, oferecida pela Fundat, e ficou sabendo do serviço oferecido para retirada do MEI.

“Procurei a formalização porque a gente tem que ter uma estabilidade e também para garantir o futuro. Se formalizando, a pessoa também tem direito a crédito, porque hoje em dia sem capital de giro não se pode fazer nada”, afirma o vendedor. Formalizado há três meses, ele contou com a ajuda da Fundat no processo. “Sei que no Sebrae também faz, mas é com mais burocracia e demora um pouco. Na Fundat foi mais rápido”.

O primeiro benefício que Petrônio quer usufruir após se tornar um microempreendedor individual é conseguir um empréstimo para aumentar a sua produtividade. “Meu objetivo é expandir meu negócio. Eu aconselho a todos, que ainda estão na informalidade, a fazer o MEI, com isso a pessoa só vai crescer, porque se formalizando você tem mais oportunidades, como pegar empréstimos e garantir sua aposentadoria”.

Foto Sérgio Silva

Leia também