Aracaju, 26 de abril de 2024
Search

Assistência Social realiza intervenção no Mercado Central sobre enfrentamento à violência

6

Assistência Social realiza intervenção no Mercado Central sobre enfrentamento à violência contra crianças e adolescentes

Dando continuidade à série de intervenções sociais realizadas com o objetivo de conscientizar a população a respeito da importância do enfrentamento ao trabalho infantil e à violência sexual de crianças e adolescentes, parte da equipe da proteção social especial, que compõe a Secretaria Municipal da Assistência Social esteve na manhã deste sábado, 3, visitando estabelecimentos comerciais nos Mercados Municipais Antônio Franco e Thales Ferraz, no Centro de Aracaju.

A partir de pesquisas situacionais dos territórios desenvolvidas pela equipe da Assistência Social é possível identificar quais áreas de Aracaju têm uma grande incidência de trabalho infantil ou exploração sexual e a partir destes dados são traçadas estratégias de diálogo com a população. Dessa forma surgem as intervenções sociais que já aconteceram em feiras livres, na orla de Atalaia e em alguns bairros específicos da Capital.

Lucianne Rocha é gerente da média complexidade da Secretaria da Assistência Social. Ela acredita que, através da parceria com a população, os índices de violência contra as crianças e adolescentes pode diminuir. “Viemos conversar com a população porque muitas vezes a exploração sexual e o trabalho infantil aparecem como naturais para as pessoas e nós precisamos informar que essas práticas são criminosas e pedir o apoio de cada cidadão para que possamos proteger as nossas crianças e adolescentes”.

Para a coordenadora do Centro de Referência Especializado da Assistência Social (Creas) Gonçalo Rollemberg, Ana Flávia Ribeiro, a população está cada vez mais consciente da necessidade de dialogar sobre o tema. “Existem algumas pessoas que se incomodam com a nossa presença nesses espaços porque nós estamos alertando à população sobre práticas que são erradas e que geram renda de alguma forma para os contraventores, mas a maior parte das pessoas está ao nosso lado e esse apoio é muito importante”.

Albério Aragão é servidor público e trabalha como agente penitenciário. Por causa de sua rotina nos presídios ele consegue fazer uma análise de como o abuso e a exploração sexual de crianças e adolescentes pode reverberar em outras questões também complexas. “Há quem acredite que quanto mais presídios em um estado, quanto mais repressora a polícia seja, mais o território está protegido. Isso não é totalmente verdade. Nós precisamos de agentes de segurança que estejam preparados para lidar com a marginalidade, mas nós também precisamos agir também na causa dos problemas e não só na consequência. Precisamos que as nossas crianças e adolescentes sejam acompanhadas e protegidas pela família, pelos entes públicos e pela sociedade em geral, para que esses jovens tenham acesso a oportunidades de vida que os levem para caminhos corretos. E esse trabalho da Assistência Social é muito importante porque dialoga diretamente com a causa dos problemas, com a prevenção e não só quando o mal está instalado”.

Foto Danilo França

Leia também