Aracaju, 18 de abril de 2024
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Programa Municipal de Controle da Tuberculose realiza ações de combate à doença

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Tosse seca e contínua, febre baixa, falta de apetite, sudorese e emagrecimento acentuado. Estes são alguns dos sinais e sintomas mais frequentes da tuberculose pulmonar, doença causada por uma infecção por Mycobacterium tuberculosis ou Bacilo de Koch (BK), que, quando não tratada adequadamente, pode levar até a morte. E em alusão ao Dia Mundial de Combate à Tuberculose, celebrado no dia 24 deste mês, o Programa Municipal de Controle da Tuberculose (PMCT) da Secretaria Municipal da Saúde (SMS), realizou nesta quarta-feira, 7, no Centro de Especialidades Médicas de Aracaju (Cemar), uma das ações de prevenção e promoção no controle da doença.

No local, os pacientes receberam dos profissionais da saúde, cartilhas informativas e orientações de como identificar os sinais, além de ações lúdicas, como música e teatro. O grupo de Cones do teatro encenou uma peça, onde retratava e orientava aos usuários a como combater a tuberculose, uma vez que pode ser transmitida pela tosse, fala ou espirro. A coordenadora do PMCT, Léa Matos da Silveira, conta que o tratamento deve ser precoce, a fim de quebrar a cadeia de transmissão.

“Estamos aqui refletindo e buscando formas de prevenção, promoção e combate à tuberculose, que é uma doença muito infecciosa. E o primeiro sinal dela é febre baixa, perda de apetite, emagrecimento e tosse por mais de três semanas. A transmissão é feita no convívio diário, dentro da casa ou no próprio trabalho, e essa é uma doença oportunista, que mata principalmente pessoas já debilitadas, como soropositivos, devido ao fraco sistema imunológico. Hoje fizemos uma roda de conversa sobre coinfecção com o grupo de adesão do  Serviço de Atendimento Especializado (SAE)”, disse a coordenadora.

Todas as 44 USFs de Aracaju oferecem tratamento para a tuberculose, além do Cemar Siqueira Campos, que é a unidade de referência. De acordo com a coordenadora de Rede de Atenção Especializada (Reae), Maria Auxiliadora Brito, a tuberculose tem cura e toda a rede oferece tratamento. “Aqui no Cemar, somos referência e funcionamos como ponto de apoio estratégico para pacientes graves resistentes. Assim, tudo é iniciado nas USFs, onde há o acolhimento e encaminhamento dos exames. Detectada a doença, o tratamento é iniciado. Necessitando de uma acompanhamento mais especializado, o usuário será acolhido por nossa equipe de médicos, os quais indicarão o tratamento mais adequado. Mas é importante reforçar que o diagnóstico precoce é fundamental para o sucesso da cura da doença”, informou.

Abandono do tratamento

Segundo a gerente do setor de Combate e Controle da Tuberculose do Cemar, Itanamara Brito Buarque, o serviço conta com uma equipe composta por pneumologistas, além do apoio de assistentes sociais, enfermeiros e auxiliares de enfermagem. Essa equipe realiza atendimentos entre usuários que residem em Aracaju, e pessoas com encaminhamentos emitidos pelas USFs do interior de Sergipe, cujas solicitações são feitas pelas referidas secretarias de cada município.

“Ainda é grande o número de casos da doença, e um dos grandes problemas é que muitos pacientes que estão com tuberculose abandonam o tratamento, que dura seis meses, o que faz com que eles possam ser infectados novamente. Sendo assim, estabelecemos algumas metas, e reduzir essa evasão é uma delas. Atendemos os casos mais graves, como pessoas que, além de estarem com tuberculose, sofrem com outros agravos de saúde, a exemplo de HIV e diabetes”, revelou a gerente.

A assistente social do setor de referência, Amanda Carla Menezes, complementa a informação dada por Itanamara, dizendo que o abandono se dá pela sensação de cura. “Por ser um tratamento muito longo, muitos acabam abandonando. Além disso, depois de dois meses de tratamento, o paciente já se sente bem, como se já estivesse curado, porém ainda são necessários mais quatro para que a bactéria seja eliminada por completo. O preconceito, devido ao histórico de mortes causadas pela doença também é um grande causador do abandono do tratamento”, lamentou.

Ações do dia 24

No próximo dia 24, quando se celebra a Luta contra a Tuberculose, várias ações educativas serão promovidas pela Saúde de Aracaju. “Nós iremos distribuir folders, cartazes e também estaremos com o grupo de teatro em três Unidades de Saúde, desenvolvendo ações educativas nas salas de espera. Além disso, oito unidades foram selecionadas para fazer buscas ativas de pacientes sintomáticos respiratórios, que são os usuário que apresentam sintomas da doença”, explicou do PMCT, Léa Matos da Silveira.

Sobre a tuberculose

É preciso ficar atento aos sintomas das doenças que são: tosse persistente (de três semanas ou mais), e produtiva ou não (com muco ou sangue); febre vespertina; sudorese noturna; falta de apetite; fraqueza, e emagrecimento.

A transmissão é feita por via aérea em praticamente a totalidade dos casos, e ocorre a partir da inalação de gotículas contendo bacilos expelidos pela tosse, fala ou espirro do infectado. O diagnóstico é dado através da consulta médica, exame do escarro (TRMTB) e RX de tórax – todos realizados pelas USFs de forma gratuita.

Para o tratamento, os medicamentos são oferecidos também em todas as Unidades de Saúde, e devem ser administrados por no mínimo seis meses. A dose fixa combinada para os primeiros dois meses é formada por quatro drogas (rifampicina, isoniazida, pirazinamida e etambutol), e a partir do terceiro mês, somente duas drogas (rifampicina e isoniazida).

Fonte e foto assessoria

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