Aracaju, 29 de março de 2024

FRIGORÍFICOS: ABATE DEVE RESPEITAR O BEM ESTAR ANIMAL

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Ter uma carne de qualidade depende de muitos fatores, entre eles a forma como o animal é abatido. Com base na legislação brasileira, um abate legal deve seguir as normas do abate humanitário, que significa um conjunto de diretrizes técnicas e científicas que garantem o bem estar animal, desde a recepção até a operação de sangria.

O transporte inadequado, a mistura de lotes, medo, dor ou ansiedade, são fatores que levam ao estresse dos animais e devem ser evitados. O manejo por pessoas não capacitadas e a ausência de utensílios e equipamentos adequados, também são fatores que podem levar a um alto nível de estresse dos animais e comprometer o rendimento e a qualidade dos produtos.

De acordo com a médica veterinária Juliana Mota, quanto menos excitação e desconforto para o animal, mais qualidade terá o produto final. “A qualidade da carne está ligada a inúmeros fatores, entre eles o nível de estresse sofrido. No frigorífico, os animais são abatidos seguindo os preceitos do abate humanitário, que preza pela morte sem dor”, comentou.

Segundo Juliana, “a insensibilização deve ser feita por pistola pneumática, onde o animal perde a consciência e é sangrado logo em seguida, sem que haja qualquer tipo de sofrimento. Existem uma série de procedimentos a serem respeitados que vão desde o momento do desembarque dos animais até a higienização final de toda a indústria”.

Mesmo possuindo dois frigoríficos regulamentados, cerca de 80% da carne comercializada em Sergipe advém de matadouros irregulares ou clandestinos, que não respeitam as regras do bem estar animal. Nestes estabelecimentos, eles são mortos com marretas e cortados com machado, ao chão, por pessoas sem máscaras, roupas adequadas e luvas, sem o mínimo de higiene, o que acaba contaminando a carne e colocando toda população e os próprios trabalhadores em risco.

Por André Carvalho

 

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