Aracaju, 26 de abril de 2024
Search

DIAGNÓSTICO PRECOCE DE PARKINSON ALERTA PARA OS CUIDADOS

7

 

Com a expectativa de vida maior, os riscos de problemas crônicos da terceira idade, como o Parkinson, aumentam. Para conscientizar e informar a população sobre os sintomas da desta doença, a importância do diagnóstico correto e as possibilidades de tratamento, a Secretaria Municipal de Saúde (SMS) reforça nesta quarta-feira, 4, Dia Nacional do Parkinsoniano, algumas orientações sobre o mal que afeta uma em cada mil pessoas com mais de 65 anos.

Segundo o médico neurologista do Centro Médico de Especialidade (Cemar) Augusto Franco, Marcos Aurélio Alves, é muito importante que os sintomas sejam diagnosticados logo no início, para que os tratamentos com remédios e terapias não medicamentosas possam amenizar os sintomas característicos da doença. “Lentidão motora, rigidez nas articulações, tremores e desequilíbrio são os principais sintomas, mas também há outros, como diminuição do olfato, alterações intestinais e problemas com o sono”, orienta.

Ainda de acordo com o profissional, o acompanhamento médico regular é fundamental, e somente tomar os remédios não é o suficiente. “Por isso, faz-se necessário uma complementação com fisioterapeutas, fonoaudiólogos, nutricionistas e psicólogos, que são peças-chaves na melhora da qualidade de vida dos portadores de Parkinson. Além do tratamento clínico, também existem algumas cirurgias que minimizam os sintomas. Mas é preciso uma avaliação criteriosa para saber quem pode ou não se beneficiar com este procedimento”, explica Marcos Aurélio.

Apesar de a doença ainda não ter cura através de medicamentos, o diagnóstico precoce e o tratamento médico podem minimizar e tratar os sintomas. “O tratamento adequado e o acompanhamento neurológico é fundamental para manter a autonomia do idoso. Orientar a família em relação aos riscos e aos cuidados mais direcionados permite aumentar a sobrevida e a funcionalidade dos idosos. Assim, com exercícios e adaptações, o portador da doença de Parkinson pode melhorar sua autonomia e preservar sua independência, mesmo com a evolução da doença”, complementa o neurologista.

O que é Parkinson

O Parkinson, descrita pela primeira vez em 1817 pelo médico inglês James Parkinson, é uma doença neurológica, progressiva e não tem cura. Costuma se manifestar por volta dos 60 e 70 anos e atinge o sistema nervoso central, afetando a movimentação muscular do idoso. É caracterizada pela lentidão nos movimentos, tremor que aparece principalmente quando a pessoa está em repouso, rigidez da musculatura e instabilidade da marcha.

Esta doença é uma degeneração de células cerebrais que produzem a substância dopamina, que conduz as correntes nervosas neurotransmissores ao corpo. Com a diminuição, ou até mesmo a falta desta substância, os movimentos são afetados, fazendo com que a pessoa desenvolva a doença de Parkinson.

Tratamento

Com um diagnóstico precoce é possível que o indivíduo tenha uma melhor qualidade de vida e consiga conviver com a doença por anos. São diferentes tipos de medicamentos que podem ser utilizados no tratamento, mas cada paciente precisa de um acompanhamento individualizado.

Estratégias para o bem-estar

1 – Diagnóstico precoce

É importante que o diagnóstico seja feito na fase inicial, para que o médico possa orientar as mudanças no estilo de vida. Quanto mais cedo começar o tratamento com o idoso e a família, melhor será o controle da evolução da doença. Com as medicações introduzidas no momento certo, ela pode ser mais lenta, tornando-se menos agressiva ao paciente.

2 – Apoio da família

A doença envolve toda a família e as pessoas que cuidam do idoso. Por isso, todos devem participar do tratamento para conhecer melhor o problema, aprender a lidar, tirar dúvidas do dia a dia e, assim, contribuir para o bem-estar do paciente.

3 – Atenção multidisciplinar

O apoio de profissionais de várias áreas, junto ao tratamento medicamentoso específico, pode reduzir os sintomas. Além do médico, os cuidados de uma enfermeira; de um fonoaudiólogo, que consegue conciliar a melhora da fala e da deglutição; de fisioterapeutas e educadores físicos, que estimulam a parte motora; e de nutricionistas, que orientam a alimentação, melhoram o cotidiano do paciente.

4 – Vida social

O idoso deve ser estimulado também a participar das atividades sociais e manter sempre o contato com os amigos. Essas relações são essenciais para a qualidade de vida.

5 – Controle dos sintomas

As medicações atenuam os sintomas da doença, mas é imprescindível um tratamento realizado por uma equipe de profissionais de saúde que envolva exercícios e adaptações, para melhorar a autonomia e preservar a independência do paciente.

6 – Risco de queda

É importante gerenciar o risco de queda, adaptando equipamentos e móveis na casa, pois é um grande risco para perda de funcionalidade no idoso.

7 – Saúde em dia

A prática de atividade física regular, a manutenção de atividades mentais e de relacionamentos interpessoais são muito importantes para envelhecer com saúde. Controlar a hipertensão, o diabetes, o colesterol, respeitar o horário do sono, visitar o médico periodicamente e evitar o cigarro e álcool são medidas preventivas essenciais.

Fonte e foto assessoria

Leia também