Aracaju, 20 de abril de 2024
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Governador Jackson Barreto acompanha velório de capitão Oliveira

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O capitão foi assassinado, aos 42 anos, na noite da última quarta-feira (04), em uma emboscada na rodovia que liga os municípios de Monte Alegre e Porto da Folha

O governador Jackson Barreto e o vice-governador Belivaldo Chagas compareceram na tarde desta quinta-feira (05) ao velório do capitão Manoel Alves de Oliveira Santos, comandante do Pelotão da Companhia Especializada em Operações Policiais em Área de Caatinga da Polícia Militar de Sergipe (CEPOC). O velório foi realizado no Centro de Formação e Aperfeiçoamento de Praças da Polícia Militar (CEFAP). O governador anunciou que o Pelotão de Caatinga levará o nome do capitão Manoel Oliveira.

O capitão foi assassinado, aos 42 anos, na noite da última quarta-feira (04), em uma emboscada na rodovia que liga os municípios de Monte Alegre e Porto da Folha.

O governador e o vice assistiram a uma missa de corpo presente, celebrada pelo padre Juarez. Em seguida, deu-se início às homenagens prestadas pelos colegas da corporação. O vice-governador Belivaldo Chagas informou que vai acompanhar o sepultamento do capitão em Porto da Folha, nesta sexta-feira.

Também compareceram às homenagens, o secretário de Estado da Segurança Pública (SSP), João Eloy, e o comandante da PM de Sergipe, coronel Marcony Cabral.

A superintendente da Polícia Federal em Sergipe, delegada Erika Mialik, foi ao encontro do governador Jackson Barreto no velório e colocou a instituição à disposição do governo para auxiliar na elucidação do caso. O governador agradeceu e disse que o auxílio da PF é de grande importância.

Jackson Barreto afirmou que, em nome do governo de Sergipe, deixa a sua homenagem ao capitão e o apoio irrestrito à sua família e à Polícia Militar. O governador deu um testemunho da coragem e da bravura do capitão Oliveira, destacando a sua dedicação ao combate a violência na região do Sertão.

“Tinha por ele muito respeito. Um policial que foi promovido por mérito próprio. Homem de sensibilidade, emotivo, que ao agradecer uma homenagem na qual o governo reconheceu o seu trabalho e de sua equipe em uma solenidade não conseguiu falar por conta das lágrimas. Perdemos um bravo guerreiro do sertão”, lamentou.

O governador lembrou ainda que, em uma das vezes que foi ao Sertão, a população pedia a volta do Pelotão da Caatinga e que ele fosse comandado pelo capitão Oliveira.

“Vamos honrar o sangue do capitão Oliveira. Temos obrigação de elucidar o crime. Isso é uma responsabilidade do Estado Democrático de Direito. Já me reunir com a cúpula da SSP pedindo agilidade e empenho na elucidação desse terrível assassinato. Temos que desarmar os corações e falar mais de amor e de paz. Vá em paz, capitão. Você honrou a sua pátria, honrou a corporação, honrou o Estado de Sergipe”, finalizou.

O comandante da PM, coronel Marcony Cabral, bastante emocionado, disse que participar do velório do capitão está sendo um dos momentos mais difíceis de sua carreira. “Estou me despedindo de um grande militar e amigo. Homem que sempre defendeu a sociedade e, como professor, ajudou a formar os guerreiros de caatinga no sertão brasileiro. Aqueles que defendem a sociedade no enfrentamento do crime organizado estão com o risco iminente de pagar com a própria vida. Foi isso que aconteceu ontem. Perdemos um braço da nossa corporação. Um irmão da nossa corporação”, ressaltou.

Coronel Marcony disse que o capitão Oliveira sempre defendeu o que acreditava. “Nós somos vítimas em potencial do crime e precisamos nos unir pelo combate a violência. Perdemos um dos mais brilhantes oficiais. Quero dizer à família dele, que ela faz parte da grande família da Polícia Militar”, concluiu.

Cortejo

Após as homenagens, o corpo do capitão Oliveira saiu do CEFAP em carro aberto do Corpo de Bombeiros, para o Velatório Piaf, situado na rua Laranjeiras. Durante toda a noite ele será velado em Aracaju. Às 5h, o cortejo sai com destino a Porto da Folha. Em sua cidade natal, seu corpo será levado para o ginásio da cidade onde ocorrerá uma missa de corpo presente e, em seguida, sepultado no cemitério municipal. O capitão Manoel Oliveira deixa esposa e dois filhos.

Foto Victor Ribeiro

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