Aracaju, 25 de abril de 2024
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CENTRO DE NEFROLOGIA: UM CIRCO CONTRA O POVO, DIZ VEREADORA

 

“Minha mãe, que não está mais entre nós, passou por sessões de hemodiálise, foi  submetida a um transplantes de rim que teve como doador o meu irmão. É muito sofrimento. Só quem depende dessas máquinas para continuar vivo sabe da angústia e das incertezas”.

Foi com esse relato pessoal que a defensora pública e vereadora Emília Corrêa (Patriota) falou sobre inauguração da obra inacabada Centro de Nefrologia do Hospital de Urgência de Sergipe, na sexta-feira, 6.

“Aquele ato foi um escândalo, uma coisa mentirosa e armada. Um circo contra o povo e contra a saúde”, completou.

Em um dia a estrutura apresentava a promessa de 16 máquinas de hemodiálise e uma enfermaria com 35 leitos e uma centelha de esperança de um tratamento digno aos pacientes. No dia seguinte, o desmonte do espaço foi denunciado pelo representante da Associação dos Renais Crônicos de Sergipe.

“É uma falta de respeito com quem quer viver e depende de uma assistência do Estado. Usar a boa fé e a esperança de um renal crônico para fazer palanque, é humilhar o cidadão”, disse.

O HUSE é a única instituição da rede pública estadual com uma unidade de emergência para os pacientes renais. A inauguração fake chamou a atenção do Ministério Público Estadual. O atual governador Belivaldo Chagas, que assumiu o comando do Estado, com o afastamento de Jackson Barreto para disputar vaga no Senado, determinou que o centro esteja funcionando até o dia 20 deste mês e promoveu mudanças da direção da instituição de saúde.

“Depender das máquinas é quase uma condenação de morte. Mentir,  brincar  com a esperança das pessoas,  não é justo. O cidadão merece a verdade e  não ser tratado como fantoche de circo armado em um ano eleitoral”, concluiu.

Ascom / EC

Foto: César de Oliveira

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