Aracaju, 23 de abril de 2024
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Pacientes com lesões na face recebem orientações de automaquiagem

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A senhora Elenice Melo é paciente do Serviço de Dermatologia do Hospital Universitário da Universidade Federal de Sergipe (HU-UFS) há mais ou menos um ano, mas nesta segunda-feira, 16, o motivo da visita dela ao hospital não foi uma consulta ou exame, mas sim o convite para participar do Programa Social de Automaquiagem Corretiva.

Com diagnóstico de vitiligo, a dona de casa passou por uma verdadeira transformação, tendo a oportunidade de aprender a utilizar a maquiagem como um instrumento simples para aumentar a autoestima e a sua qualidade de vida. “É sempre bom procurar se informar, receber dicas, orientação profissional, fiquei muito satisfeita com o resultado”, declarou Elenice.

A iniciativa de trazer o programa para o hospital foi da dermatologista Jonnia Sherlock, do HU-UFS. “Esse programa roda o Brasil. Um laboratório oferece os profissionais e o material para fazer demonstrações e orientar os pacientes. Fiz um cadastro por e-mail, demonstrando interesse em inserir o HU no programa e, para a nossa satisfação, fomos atendidos”, explicou a médica.

Autoestima

Antes da demonstração do laboratório, Jonnia fez uma breve apresentação sobre problemas dermatológicos nos quais a automaquiagem corretiva pode ser utilizada. “Essas doenças marcam a pele e a vida dos pacientes, podendo interferir negativamente em sua autoestima. O tratamento dermatológico nem sempre resultará na cura definitiva dessas lesões, mas a automaquiagem pode trazer inclusão social e mais qualidade de vida para essas pessoas”, resumiu a dermatologista.

Cerca de 25 mulheres, entre pacientes externas e trabalhadoras do HU-UFS, participaram da ação. Para a senhora Josefa Nascimento, essa foi mais uma oportunidade oferecida pelo hospital para esclarecer dúvidas. “Tenho problemas com melasma, que apareceram logo depois da minha primeira gravidez. Achei muito interessante alguém ensinar como podemos disfarçar essas manchas para ficarmos ainda mais belas”, disse a paciente.

Durante o evento, foram abordados temas como lúpus, psoríase, vitiligo, melasma e acne. “São doenças não contagiosas, que devem ser tratadas por profissional dermatologista e que, sob orientação adequada, podem ser camufladas para uma melhor qualidade de vida do paciente”, resumiu Jonnia.

Foto assessoria

Por Andreza Azevedo

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