Aracaju, 26 de abril de 2024
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OFTALMOLOGISTA ALERTA SOBRE OS CUIDADOS COM A CONJUNTIVITE

 

A conjuntivite é uma inflamação ocular reconhecidamente comum, mas, ultimamente, um surto está levando pacientes a procurarem o Hospital de Urgência de Sergipe (Huse) em busca do tratamento ideal. Somente nos primeiros três meses deste ano, foram registrados 76 casos atendidos no hospital. Como o índice de contágio é alto, o agente principal é o viral, mas, não deixa de existir também a conjuntivite bacteriana. Apesar de corriqueira, quando a conjuntivite durar mais de quatro dias o médico especialista deverá ser procurado.

De acordo com o oftalmologista do Huse, Carlos Augusto de Oliveira, a doença pode complicar e causar inflamações na córnea. “Alguns cuidados são necessários como coçar os olhos e com uma certa frequência estar lavando as mãos e usando álcool em gel, isso elimina boa parte dos agentes que podem contaminar e trazer um quadro de conjuntivite aguda”, explicou o profissional.

Ele ressalta ainda que a conjuntivite é uma doença que sempre vai existir em qualquer época do ano, porém, existem períodos em que ela se torna epidêmica. “Um surto ocorre em determinada área e em determinada população mas, com o passar do tempo e com as medidas de controle, a tendência é que ela seja debelada até porque os agentes que provocam a conjuntivite tem um tempo de vida com ou sem tratamento, lógico que com o tratamento você consegue abreviar o curso da doença e trazer um alívio mais rápido para o paciente”, disse.

Conjuntivite viral ou bacteriana

A conjuntivite viral é a mais comum e causa micro-hemorrágias, por isso os olhos ficam vermelhos. A diferença da conjuntivite viral para a bacteriana está no fato da primeira não produzir pus, apenas uma secreção transparente. A melhor forma de se prevenir a conjuntivite é lavando as mãos com frequência e ficar longe de pessoas contaminadas.

O especialista alerta sobre os cuidados que devem ser adotados não só para evitar a conjuntivite, mas também outra doença que é frequente e que age de forma silenciosa: o glaucoma. “Com a exigência da receita médica as pessoas pararam mais de se automedicar. Um alerta que eu faço é com a visita anual ao oftalmologista, nem todas as doenças têm sinais e sintomas, um exemplo é o glaucoma que é uma alteração nos olhos. Normalmente tem um caráter hereditário em que por uma mal formação do olho, que é o chamado glaucoma crônico simples a drenagem não é realizada a contento, provocando um acumulo gradativo desse líquido no olho aumentando a pressão intraocular, comprimindo o nervo ótico e levando gradativamente a perda de visão”, enfatizou.

Nesse caso, o paciente normalmente não tem sintoma nenhum, quando vai perceber já é em fase tardia e o tratamento deixa muito a desejar porque o paciente já perdeu boa parte do campo visual. A visita regular ao oftalmologista, ajuda na prevenção da doença. Outro cuidado importante é com o uso de óculos escuros que devem ter a proteção para raios ultravioleta A e B.

Fonte e foto SES

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