Aracaju, 19 de abril de 2024
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Workshop reúne empresários da indústria ceramista sergipana

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Objetivo foi discutir estratégias para fortalecer o setor no estado

As transformações vivenciadas pelo mercado da construção civil nos últimos e o seu impacto sobre a indústria ceramista foram tema de um workshop que reuniu empreendedores do setor na capital. O evento, além de debater temas de interesse dessa cadeia produtiva, buscou estimular a troca de experiências entre os participantes e a realização de novas parcerias comerciais.

O encontro contou com uma programação que incluiu palestras sobre normas técnicas, tecnologia e automação para a indústria de cerâmica, sustentabilidade, inovação e sistemas de energia solar, além de uma exposição de máquinas e equipamentos. O workshop foi promovido por meio de uma parceria entre o Sebrae, o Sindicato da Indústria Ceramista de Sergipe e a Progressão Consultoria.

Um dos principais assuntos discutidos durante o evento foi a necessidade de aumento da competitividade das indústrias de cerâmica diante da crise econômica e a substituição do tijolo por outros produtos nas edificações, o que tem dificultado o crescimento do setor.

Dados da Associação Nacional da Indústria da Cerâmica (Anicer) mostram que o segmento fatura R$ 18 bilhões ao ano e gera 293 mil empregos diretos. Há cerca de dez anos esse número chegou a 400 mil. Em Sergipe, existem pouco mais de 90 micro e pequenas fábricas de cerâmica, sendo que aproximadamente 40% delas são informais.

O momento, de acordo Bruno Passos, consultor da Anicer, é de cautela, já que a economia ainda não deu sinais consistentes de recuperação e o crédito destinado ao financiamento de imóveis ainda não consegue atingir toda a demanda.

“ Há uma expectativa positiva em relação ao crescimento do país, mas nada ainda que consiga reverter o ano difícil que tivemos ano passado. O setor de cerâmica deve enfrentar mais um ano de dificuldades, apesar de acreditarmos que o pior já passou”.

Caminho

A saída para garantir o fortalecimento do setor, segundo os especialistas presentes no evento, passa por mudanças no processo produtivo. De acordo com o engenheiro de produção Alisson Souza, a sobrevivência do segmento está cada vez mais dependente da produtividade, qualidade e inovação.

“Não dá para o empresário continuar produzindo da mesma maneira que fazia há dez anos. É preciso investir na melhoria dos processos para reduzir custos, elevar a produção, diminuir o desperdício e criar produtos que tenham aceitação do mercado e estejam adaptados a esse novo cenário que temos aí”.

Para o representante do Sindicato da Indústria Ceramista de Sergipe (Sindicer), José Abílio, o desafio é conscientizar os empreendedores sobre a necessidade de adequação ao novo cenário.

“Só vai conseguir sobreviver nesse mercado quem investir na melhoria da gestão e conseguir inovar em seus processos. O nosso setor tem sido impactado nos últimos anos com toda essa evolução tecnológica e por isso precisamos estar cada vez mais preparados para acompanhar esse novo cenário.

Foto Assessoria

Por Wellington Amarante

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