Aracaju, 26 de abril de 2024
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138 anos: Lagarto celebra aniversário com investimentos do governo do Estado

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O município do Centro-Sul de Sergipe tem recebido diversas obras de pavimentação, abastecimento de água e esgotamento sanitário, que cntribui para o desenvolvimento da região e para a melhoria da qualidade de vida da população

O município de Lagarto, no Centro Sul sergipano, celebra nesta sexta-feira (20), aniversário de 138 anos, e a população lagartense só tem o que comemorar. É que nos últimos anos, o Governo do Estado tem realizado diversos investimentos na infraestrutura da região, sobretudo no que diz respeito ao abastecimento de água, a pavimentação e ações estruturais de esgotamento sanitário.

No mês de março, foram inaugurados os sistemas de abastecimento dos Povoado Piabas e Crioulo, em Lagarto, beneficiando 137 famílias. No povoado Piabas, o sistema de abastecimento simplificado correspondeu a um investimento de cerca de R$ 100.521,03.  Foi realizada a instalação de poço, execução de base elevada de concreto armado com 6m de altura, instalação de uma caixa de PVC de 10.000 litros e 1.126m de rede de água, além de ligações domiciliares, com uma vazão de 3.507 litros por hora.

Já o Povoado Crioulo recebeu o sistema de abastecimento simplificado, que irá beneficiar 800 pessoas em 220 casas. São 8 mil metros de adutora e 3 mil metros de rede de distribuição, incluindo o assentamento Dorothy Stang. O projeto foi executado pela Deso. O sistema de abastecimento de água do povoado Campo do Crioulo recebeu um investimento de R$ R$1.841.275,62 na implantação do abastecimento hídrico.

O conjunto de medidas do governo de Sergipe em Lagarto inclui, ainda, ações de incremento do fornecimento de água ao município. São R$ 83 milhões em investimentos com essa finalidade, que alcançam principalmente as comunidades rurais. Além disso, o governo executa a ampliação do sistema de esgotamento sanitário da sede do município de Lagarto, num investimento de R$ 95.930.000,00.

População aprova

Para a dona de casa Zuleide dos Santos, que nasceu no município, a chegada do novo sistema é a realização de um sonho. “Vai ser bom demais, porque aqui no povoado a gente depende da água do chafariz, que é muito salobra e ruim para beber. E além dela, só a água dos tanques, que a gente usa para as tarefas de casa como lavar e cozinhar. Moro aqui desde que nasci e desde essa época que escuto que vai chegar água encanada e nunca veio. Agora saiu, com fé em Deus! Porque nossa comunidade sofre muito com a falta de água na torneira”.

A moradora do povoado Piabas, Raimunda Santos dos Anjos, não escondeu a alegria em receber o sistema de abastecimento do governo do Estado. “Nunca vimos água nas torneiras. Vou fazer 55 anos e pra mim, é uma alegria sem tamanho”. A alegria também foi para o morador José Milton, que conta como era a vida antes da obra. “Antigamente, aqui a gente só tinha mato e um baldinho na mão. Era muito sofrido”.

Ações estruturais

O município de Lagarto também tem recebido investimentos em ações estruturais. Desde a zona urbana até a zona rural, várias vias têm sido pavimentadas e saneadas para garantir a melhoria da qualidade de vida da população. São mais de R$ 180 milhões em obras que vão beneficiar mais de 100 mil moradores da região.

Os serviços de pavimentação já em andamento no município contemplam as localidades do Rio Fundo, Mariquita e pista do Pau Grande, assim como as ruas do Conjunto Jardim Campo Novo. Já as obras de esgotamento sanitário também estão em plena atividade, avançando em três frentes de trabalho.

Já a pavimentação granítica das áreas urbana e rural de Lagarto faz parte de um investimento de R$ 9 milhões, cujo recurso foi obtido via emendas parlamentares. O valor custeará ainda a recuperação de espaços de cultura e esporte no município do Centro-Sul, além de garantir melhorias também para a capital.

No que diz respeito ao esgotamento sanitário, os investimentos totalizam R$ 95.930.000. As obras compreendem a construção de nove estações elevatórias, uma estação de tratamento de esgoto com vazão média de 74,34 litros por segundo e uma rede coletora com extensão de 104 mil metros. A execução da obra é de responsabilidade da Companhia de Saneamento de Sergipe (Deso) e os recursos são oriundos de financiamento entre governos do Estado e Federal com a Caixa Econômica.

O mecânico José Marcelino dos Anjos, que mora e trabalha em uma das ruas que recebe a obra, não vê a hora o serviço ser finalizado. “A gente espera há muitos anos por essa rede de esgoto. Nasci e me criei aqui perto, tenho 61 anos, e desde que eu me entendo como gente o esgoto aqui é a céu aberto. Fica sempre um mau cheiro, cheio de mosquito. Mas quando terminarem a obra vai ser bom demais, vai melhorar mil por cento. Vai valorizar muito a região”, opina.

Foto Marcelle Cristinne

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