Aracaju, 26 de abril de 2024
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TCE IRÁ FISCALIZAR RECURSOS REPASSADOS AO HOSPITAL CIRURGIA

O Tribunal de Contas do Estado fará uma auditoria especial nos contratos firmados pelo Hospital de Cirurgia com o poder público para prestação de atendimento médico aos pacientes assistidos pelo Sistema Único de Saúde (SUS).

Diante de denúncias apresentadas por vereadores da capital sergipana acerca de supostas irregularidades nos contratos e na folha de pagamento do Hospital Cirurgia, o conselheiro Luiz Augusto Ribeiro, do Tribunal de Contas do Estado (TCE), informou que vai autorizar a realização de uma auditoria especial na unidade.

Os vereadores que integram a Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Saúde estiveram na reunião do Fórum Permanente de Combate à Corrupção de Sergipe (Focco/SE), ocorrida no TCE, da qual participou o conselheiro relator dos processos da área de controle da qual fazem parte os órgãos da Saúde no Estado e na capital.

“Como conselheiro da área, avisei na reunião que vou autorizar esta auditoria especial para que o Tribunal possa realmente ter um panorama da situação desses contratos. E, no final, vamos enviar o resultado do relatório para a CPI da Saúde, instalada na Câmara de Vereadores”, disse o conselheiro Luiz Augusto Ribeiro.

Para o presidente da comissão da CPI da Saúde, vereador Marcos Antônio Soares de Souza, o Seu Marcos, existe uma “má vontade” por parte da direção do Hospital Cirurgia, que não permitiu uma visita dos parlamentares às instalações da unidade.

Segundo ele, a ideia era tentar entender como é realizada a triagem no atendimento, esclarecendo as localidades dos municípios dos pacientes, e quem pagaria a conta. “Temos notado que eles querem protelar a CPI; A prova maior foi que não deixaram a gente fazer a visita”, colocou.

Coordenador estadual do Focco e procurador-chefe da República em Sergipe, Heitor Alves Soares disse durante a reunião do Fórum que a CPI tem poderes próprios de autoridade judicial, ou seja, tem poder de requisição. Diante disto, ficou acordado que, mediante o requerimento da CPI, o Focco vai disponibilizar o trabalho que foi realizado no âmbito da oncologia no Hospital Cirurgia.

“É preciso saber como o dinheiro está sendo aplicado e como resolver os problemas. Imputar desvio é muito fácil. O problema é corrigir esta estrutura para que o sistema funcione de forma adequada e preste um serviço de forma eficiente e de forma econômica ao poder público”, explica o procurador.

 

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