Aracaju, 24 de abril de 2024
Search

ESPECIALISTA DA MNSL EXPLICA CAUSAS DE MÁ FORMAÇÃO GENÉTICA

6

 

A Maternidade Nossa Senhora de Lourdes (MNSL), registrou de janeiro a março deste ano o nascimento de 1.450 bebês, uma média de 483 por mês. A estatística ainda aponta que nesse período, foram registrados 38 casos de bebês que nasceram com má-formação. Destes, 27 do sexo masculino, 11 do sexo feminino e três bebês com sexo indefinido.

O médico geneticista da MNSL, Emerson de Santana Santos, que trabalha com doenças genéticas na infância, informou que pelas estatísticas, em torno de 3% a 5% dos bebês que nascem, vão ter algum tipo de má formação congênita, desde a mais grave, que implica em risco de morte, até a mais simples, como um dedo com anomalia. Mas, a Maternidade Nossa Senhora de Lourdes, oferece o apoio necessário para que essas crianças saiam da maternidade já com algumas cirurgias realizadas.

“Hoje em dia temos profissionais qualificados, com capacidade de remover um dedo que esteja pendurado ao corpo, por exemplo”, disse Emerson. Ele explicou que para algumas doenças, como autismo, que não implica numa má formação e sim num distúrbio de desenvolvimento, é mais comum em meninos do que em meninas.

“Luxação do quadril é cinco vezes mais comum em meninas do que meninos. Já o lábio leporino ocorre com mais frequência em meninos. Para cada má formação existe um sexo que é mais suscetível”, explicou o médico.  Ele disse, ainda, que existem as más formações que são internas, e que às vezes o bebê não vai apresentar sintomas.

Faixa etária

A idade ideal para planejar ser mãe é até os 35 anos, depois disso, aumenta a chance de ocorrerem defeitos congênitos para essas más formações, principalmente Síndrome de Down. Uma mãe aos 20 anos de idade, corre o risco de 1 para 1000 chances de ter um bebê com essa síndrome.  Quando deixa para ter o filho aos 40, aumenta de 1 para 200, e aos 48 anos, a chance é de 10%. Isso porque os óvulos da mulher vão envelhecendo”, observou o geneticista da MNSL.

Na maternidade, o médico explica que o ambulatório Follow-Up faz o acompanhamento dos bebês sindrômicos que recebem apoio até os dois primeiros anos de vida. “É feita avaliação no berçário, na enfermaria e na UTI Neonatal. “Toda vez que nasce um bebê com má formação, faço a avaliação’’, disse Emerson.

Ele observou que casamentos entre pessoas da mesma família, mulheres que fumaram, beberam ou usaram alguma medicação durante a gestação, aumentam a probabilidade da criança nascer com má formação. “Orientamos que as mulheres façam um trabalho de prevenção, que ocorre bastante aqui no ambulatório”, disse.

Alarmente

O médico atentou, ainda, que algumas más formações já são diagnosticadas no útero, por isso a importância da mãe fazer o pré-natal.  “A providência é fazer a parte preventiva. Para a mulher que tem o desejo de engravidar, é essencial um planejamento. Existem exames pré-concepcionais, mas o ideal ainda é o casal realizar um check – up, para ver se têm anemia ou deficiência de alguma vitamina, por exemplo”, aconselhou o médico.

“Ele deixou claro que a falta da vitamina ácido fólico (B9) é uma das justificativas para as crianças que nascem com anencefalia ou defeito no fechamento da coluna”, esclareceu o médico

“Ele reforçou que é de grande importância a mulher tomar o ácido fólico antes de engravidar, fazer o check-up e o exame preventivo de lâmina para a detecção de possíveis infecções, comentou Emerson. Ele lamentou que o Brasil lidere o ranking de sífilis congênita.

Fonte e foto SES

Leia também