Aracaju, 19 de abril de 2024
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Dia do Trabalhador: Prefeitura ajuda a transformar vida profissional dos aracajuanos

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O trabalho permite que a pessoa assuma uma posição de protagonismo em relação à sua própria história e da sociedade em que vive. Desta forma, a Fundação Municipal de Formação para o Trabalho (Fundat) não é apenas o órgão que intermedeia o contato entre o cidadão e as empresas ou que oferece qualificação profissional, mas também um agente na mudança de vida de diversos aracajuanos, que celebrarão o Dia do Trabalhador nesta terça-feira, 1º de maio,  na certeza de serem respeitados e apoiados pela Prefeitura de Aracaju.

Segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), neste primeiro semestre de 2018, o Brasil possui 13,7 milhões de desempregados. Oito meses atrás, Carlos Diego Santos, repositor de 31 anos, engrossava a estatística. O tempo de busca por conta própria frustrava-o, procurar por ajuda transformou sua situação. “O apoio da Fundat foi muito importante. Eu estava com receio de deixar meu currículo, um pouco desapontado depois de procurar por bastante tempo, mas graças a Deus eles me encaminharam para o trabalho que eu exerço hoje”, comemora.

Desde cedo Carlos é prova de que determinação e perseverança são fundamentais para quebrar estereótipos. Com três anos, após contrair meningite, o então garoto perdeu a audição total do ouvido esquerdo e uma parte razoável do direito. A visão de “coitado” sempre lhe causou indignação, por isso buscou trabalhar o mais rápido possível. Com 18 anos, começou a trabalhar, aos 20, já exercia a função de repositor em um supermercado da capital. Após nove anos, com o aprofundamento da crise brasileira foi demitido.

Imediatamente voltou a procurar uma oportunidade até que, através da sugestão dos amigos, cadastrou seu currículo na Fundat. Duas entrevistas frustradas não o abateram e, na terceira tentativa, conseguiu o que tanto queria. “Uma semana depois da entrevista eu voltei para assinar a carteira de trabalho. Foi um momento de muita felicidade, pois voltar a trabalhar significa ter maior liberdade. Embora, exista o auxílio do Estado, o fato de estar no mercado de trabalho é uma forma de contribuir para a sociedade, fazer minha parte”, explica Carlos.

A resignação também é característica de Larissa Aragão, coordenadora de um restaurante em Nossa Senhora do Socorro. A moça estava desempregada há um ano quando procurou a Fundat em busca de um curso profissionalizante. Durante sua visita ao órgão, foi informada que uma rede de restaurantes estava procurando por profissionais.

No dia posterior, fez a entrevista, foi selecionada e passou pelo treinamento para operadora de caixa. Depois de pouco mais de dois meses, sua determinação e competência foram reconhecidas e ela foi promovida a coordenadora da filial. “Eu acredito que o trabalho da Fundat foi fundamental, pois me deu o encaminhamento. Inclusive, a empresa onde estou só contrata pessoas via o órgão, pois sabe que de lá virão pessoas qualificadas e com vontade de trabalhar. Além disso, começar a trabalhar aumentou muito minha autoestima. Depois de um ano desempregada, sem perspectivas e sem fazer planos, retornar ao mercado de trabalho, ser reconhecida com uma promoção, me faz imaginar um futuro melhor”, ressalta.

Corrente do bem

Quando temos amor por aquilo que fazemos se torna possível passar nosso conhecimento à frente com mais facilidade. A instrutora de Artesanato em Feltro Daiane Lima é prova disso. A história da artesã com a Fundat começou em 2014, quando após um processo de divórcio procurou o órgão para um curso de confecção de bolsas finas, a fim de conseguir uma renda extra. Mal sabia que o contato mudaria sua vida.

Apaixonada por arte desde pequena, a moça começou a tricotar ainda com cinco anos, auxiliada por sua mãe. Fio por fio, foi tecendo sua história. Em dado momento as linhas levaram-na para a Fundat. Após a conclusão do curso que fazia, devido à sua competência, foi escolhida para trabalhar. “Acreditaram em mim, me deram a oportunidade de me tornar instrutora. Aqui eu percebi o que eu quero para mim, com o que eu desejo desenvolver meu trabalho. A confiança que depositaram em mim eu busco repassar para os meus alunos”, afirma Daiane.

Foi também no local de trabalho que Daiane, que cursa o oitavo período de Psicologia, concebeu a área em que quer atuar: arteterapia.  Instruindo alunos entre 18 e 65 anos, com experiências de vida diferentes e objetivos diversos, ela compreendeu que seu trabalho era maior do que imaginava. “Os cursos que nós oferecemos busca profissionalizar as pessoas, colocá-las no mercado de trabalho, mas não se resume a isso. Nas minhas aulas eu instruo uma turma heterogênea, que não busca somente o dinheiro, mas também uma terapia ocupacional através da arte”, conta.

Esses casos não são isolados. O trabalho desenvolvido na Fundat, nas oito unidades espalhadas pela cidade, conseguiu encaminhar 1.104 pessoas ao mercado de trabalho, dos 3.826 currículos cadastrados no primeiro trimestre de 2018. Além disso, também nesses primeiros três meses foram realizados 778 cursos livres e capacitações. A Prefeitura de Aracaju segue trabalhando com muito empenho para que o dia 1° de maio seja motivo de comemoração para cada vez mais aracajuanos.

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