Obras que deveriam ser entregues à população estão paralisadas gerando desperdício calculado na casa de milhões no Estado de Sergipe. Esse foi o alerta feito pela defensora pública e vereadora Emília Corrêa (Patriota). O número é alto: 343. Na mesma proporção, o montante ultrapassa a casa dos R$ 400 milhões.
Não bastassem as obras paralisadas têm ainda as ordens de serviços assinadas e que nem há previsão de saíram do papel”, disse Emília. Segundo a patriota, obra inacabada é dinheiro jogado fora e uma irresponsabilidade do gestor.
“O dinheiro chega, a obra não conclui e fica todo mundo no prejuízo. E se alguém reclama já é apontado como megafone de discurso ácido”, rebateu.
Um levantamento feito em 2017 pelo Tribunal de Contas do Estado e Caixa Econômica Federal, em Sergipe existiam, até ano passado, 347 obras paralisadas em 51 municípios. É um desperdício de dinheiro público a um custo gigantesco para a cidade. Obra inacabada, na prática, significa serviço não oferecido à população. Além disso tem a questão dos transtornos de mobilidade causados por interferências no espaço e a frustração da comunidade”, destacou.
Para Emília Corrêa, benfeitoria anunciada e não concluída não passa de politicagem. A parlamentar lamenta que ainda exista a figura do político personagem que se presta a defender o indefensável.
“Quando a gente assiste o show de promoção política de um gestor como Edvaldo Nogueira, assinando inúmeras ordens de serviço, com promessas de dinheiro chegando, vem a pergunta: será que teremos mais um elefante branco? Será que o dinheiro será usado em áreas que realmente são importantes?”, lembrou.
Emília alerta ainda o papel da população na fiscalização dos investimentos com o dinheiro público. As cifras são altas e precisam sair da seara das promessas e, efetivamente, fazer diferença na vida das pessoas.
“A ilusão que se vende é do tamanho das falas ocas de comprometimento. E aqui vai um recado: seria digno parar de enganar o povo de Aracaju”, concluiu.
Ascom / EC
Foto: Gilton Rosas