Aracaju, 20 de abril de 2024
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Secretaria da Inclusão dialoga com gestores da Assistência Social do Baixo São Francisco

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Gestores, coordenadores e técnicos dos municípios de Telha, Muribeca, Pacatuba, Propriá, Amparo do São Francisco, Brejo Grande, Neópolis, Cedro de São João e Malhada dos Bois estiveram reunidos nesta segunda-feira, dia 07, em Japoatã, no Encontro dos Secretários da Assistência Social do Baixo São Francisco. O secretário de Estado da Inclusão Social, José Carlos Felizola, participou do evento e ouviu as demandas dos gestores municipais sobre a Política de Assistência Social e a retomada do cofinanciamento estadual da Proteção Social Especial de Média Complexidade (CREAS e medidas socioeducativas em meio aberto), e da Proteção Social Básica (CRAS).

O gestor Estadual sugeriu aos secretários a elaboração de uma carta apresentando as dificuldades em cada município. O documento será entregue pessoalmente ao governador Belivaldo Chagas. “Levaremos ao governador as demandas com as soluções que queremos. As soluções que não se baseiam apenas nas questões de cofinanciamento, mas no desenvolvimento da região. Os problemas da assistência social não se resumem aos repasses de recursos, financiamentos  ou transferência de renda. O grande desafio da assistência social é o desenvolvimento humano. É fazer com que o cidadão amanhã não dependa somente dos benefícios do Estado”, comentou.

Felizola destacou a importância do fortalecimento e da valorização do Sistema Único de Assistência Social (SUAS) em Sergipe, especialmente nas ações efetivas voltadas para a garantia do atendimento aos usuários da proteção social. Atualmente, Sergipe possui 110 CRAS e 68 CREAS. “Não podemos fazer ação social e, sim, assistência social. O Governo Federal aumenta o salário mínimo, mas não aumenta os recursos destinados aos programas sociais. Retomamos a Alta e estamos debatendo para retomar a Média Complexidade”, disse.

Vera Carvalho, secretária da Assistência Social de Japoatã, destacou que o Encontro foi pensado para reunir as demandas da região do Baixo São Francisco e somar esforços, visando à melhoria das condições da assistência ao usuário do SUAS. “Sempre é importante levantar as questões inerentes à Política da Assistência Social. Queremos ampliar esse fórum de discussão para debater as problemáticas. Japoatã, por exemplo, possui muitas pessoas dentro da faixa da linha da pobreza e percebemos que, entre elas, há potencialidades e pessoas capacitadas ao artesanato que podem se qualificar para não depender apenas de Bolsa Família.  Nossa região é carente e precisa de atenção, especialmente voltada para a moradia”, pontuou Vera.

O prefeito de Japoatã, José Magno da Silva, agradeceu a presença e o comprometimento do secretário estadual, ao dialogar com os gestores municipais e compreender os problemas da região. “O que temos como receita vinda da União é pouco e inviabiliza a realização de programas. Temos deficiência em termos de economia e finanças, e nos desdobramos para cuidar da população de forma igualitária. O SUAS precisa ser cada vez mais abordado, discutido e aprimorado. Agradeço ao secretário Felizola por ser nosso porta voz junto ao governador”, afirmou.

A secretária de Propriá, Maria Elisabete Nunes, apresentou a situação do município e comentou que conta com a Seidh para novos tempos na assistência. “Não temos recursos para fazer o acolhimento de quem bate à porta dos CRAS e CREAS. Fazemos o plantão social e temos 80 famílias dentro dos CRAS em situação de aluguel social. Em Propriá são mais de 4 mil famílias em estado de extrema pobreza”, pontuou.

Valquíria Santos é secretária da Assistência em Brejo Grande e também enumerou os problemas enfrentados no âmbito da assistência social, convidando o secretário José Carlos Felizola para visitar o município. “Brejo Grande é terceiro município com o IDH mais baixo de Sergipe. Trabalhar sem condições de aplicar as políticas públicas é muito difícil. As angústias são grandes. Temos mais de 6 mil pessoas no CadÚnico. Estamos esperançosos com esse diálogo para que as coisas mudem em nossa cidade”, disse.

O secretário se comprometeu a ampliar o diálogo entre os gestores municipais e o governador Belivaldo Chagas e propôs a marcação, para logo, de uma data para que, juntos, visitem os municípios para ver in loco a situação da Assistência no Baixo São Francisco. “Ouvi os problemas e vi que a situação é delicada. Os gestores comentaram também sobre a presença de álcool, drogas e desemprego entre os jovens da região. Precisamos também lidar com a juventude. Conversarei com a equipe do NAT para viabilizar ações de qualificação profissional. Temos que olhar com muito cuidado para todos os municípios. Quando tem emprego, tem renda e dignidade. Nossa presença foi a demonstração de que o Governo de Sergipe vai ao interior com hora para chegar, mas sem hora para sair”, concluiu Felizola.

Fonte e foto assessoria

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