Está sem tempo para se deslocar a um consultório para fazer terapia? Não tem problema. O auxílio de um profissional da Psicologia pode ser feito por meio de uma videochamada, somente áudio ou o chat escrito.O assunto é polêmico, divide opiniões, mas agora tem o aval do Conselho Federal de Psicologia (CFP), que ampliou o leque da prestação desse tipo de serviço.
“Assim como trabalhamos com o brincar com a criança, com desenhos e outros materiais com pessoas com dificuldades de se expressar e mergulhamos juntos nas fantasias dos pacientes com maior desarmonia mental, o uso da internet como mais uma possível ferramenta de aproximação e facilitação do trabalho quando os meios geográficos são fator impeditivo garante a continuidade de um trabalho que, muitas vezes, não poderia ser realizado de outra forma”, disse a psicóloga Petruska Passos Menezes (CRP19/636).
Psicólogo tinha liberação para cyberatendimento desde 2005, amparado numa resolução do CFP, mas para áreas específicas, como afetivosexual, orientação profissional, aprendizagem, ergonômica, consultorias a empresas, utilização de testes psicológicos informatizados com avaliação favorável, processos prévios de seleção de pessoal. A Resolução N.11, de 11 de maio de 2018, que entra em vigor 180 dias à partir da data de sua publicação, é mais ampla. Entretanto estabelece alguns critérios, entre eles, a exigência de um cadastro prévio junto ao Conselho Regional de Psicologia e sua autorização. Em quaisquer modalidades do serviço ofertado, seja avaliação, orientação e/ou intervenção em processos individuais e grupais, a psicóloga e o psicólogo estarão obrigada(os) a especificarem quais são os recursos tecnológicos utilizados para garantir o sigilo das informações e esclarecer o cliente sobre isso.
“Estudando aspectos ligados à comunicação e psicoterapia psicanalítica em textos e relatos internacionais, a decisão do CFP não poderia ter vindo em melhor momento. As ferramentas e meios de comunicação, como o próprio nome diz, são os meios, ou seja, a função analítica da dupla de atendimento está mantida, adequando-se somente ao novo formado de trabalho”, explicou.
No rol das condutas proibidas pelo Conselho Federal de Psicologia está o atendimento de pessoas ou grupos em situaçãode emergência, desastres, violação de direitos, de violência que deve ser executado por profissionais e equipes de forma presencial.
Para PetruskaPassos, a implementação de novas formas de comunicação e o impacto da tecnologia nas organizações vão exigir mais dos profissionais. Por outro é uma ferramenta poderosa na prestação de um serviço de qualidade para a população. “Sigamos rumo à criatividade, inovação e tecnologias que implementem o nosso trabalho desde que não se perca de vista a manutenção de um setting mínimo e, principalmente, a função analítica”, finalizou.
Fonte e foto Assessoria de Imprensa