Aracaju, 23 de abril de 2024
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Riscos são evitados com intensificação da poda de árvores por toda a cidade

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Na rotina das grandes cidades, a convivência entre as construções e os ambientes naturais é de fundamental importância para, inclusive, a manutenção do bem estar humano. Ter árvores pela cidade gera diversos benefícios e, o mais importante deles é a garantia do oxigênio. Porém, para que não haja prejuízo nessa convivência, um dos serviços realizados pela Prefeitura de Aracaju é a poda de árvores que, pode parecer simples, mas, tem papel importante. A ação contribui principalmente para desobstruir as vias públicas, dar mais visibilidade às placas de trânsito e evitar que os galhos se aproximem da rede elétrica, afastando, assim, os riscos de acidente, principalmente em períodos de chuva, como o que estamos passando.

Este serviço, no entanto, ficou paralisado durante quatro anos e foi retomado em 2017 com um grande número de demandas por toda a cidade. Por meio da Empresa Municipal de Serviços Urbanos (Emsurb), através da Diretoria de Operações, a Prefeitura, inclusive com determinação do prefeito Edvaldo Nogueira, intensificou as podas por toda a capital e, em 2018, aumentou o número de equipes atuando. “Foi necessário realizarmos um pregão para a contratação temporária da empresa Cavo para que pudéssemos aumentar o número de equipes trabalhando na poda das árvores. Antes, tínhamos apenas seis pessoas para fazer o serviço em toda a cidade. Após o pregão, temos 60, dez em cada uma das seis equipes. É um número considerável para tentar dar conta da demanda que ficou parada por tanto tempo”, destacou o diretor de Operações, Bruno Moraes.

Contando com o auxílio fundamental de uma engenheira florestal, a Emsurb fez a avaliação de toda a cidade para organizar o cronograma de ações de poda. Além desses pontos já pré-estabelecidos, a empresa também recebe demandas por meio da Ouvidoria (ouvidoria.emsurb@aracaju.se.gov.br), ofícios de solicitação ou até mesmo através de contatos diretos com a Diretoria de Operações e pela Ouvidoria Geral da Prefeitura (1622). “Damos prioridade a árvores de alto risco que, de alguma forma, podem prejudicar. A engenheira florestal é quem avalia a necessidade de uma simples poda ou até uma supressão. Avaliamos, por exemplo, se ela não está atrapalhando a via; segundo, se não está atrapalhando a passagem do pedestre; e se não está encostando nos postes, na fiação elétrica. Quando acontece de encostar na fiação, nós entramos em contato com a Energisa para que ela dê apoio para não colocar o funcionário em risco ao mexer na fiação”, explicou o diretor.

Por causa da alta demanda, até o momento, o serviço já chegou a ser realizado em 30% dos bairros de Aracaju. Com a intensificação das ações, somente no ano passado, a Diretoria de Operações registrou o número de 3.143 podas realizadas. “Um número considerável, tendo em vista que ainda não tínhamos a equipe que temos hoje. Com certeza, em 2018, o número será bem mais expressivo”, frisou Bruno.

Conforme explicado pelo diretor de Operações, alguns corredores da cidade oferecem algumas dificuldades, principalmente por conta do grande fluxo de veículos. “Quando as equipes vão a determinada via, precisam isolar uma parte do local em que a poda será realizada para que não atinja nenhum veículo, pedestre ou imóvel. Assim, em algumas avenidas da cidade, por exemplo, só realizamos o serviço dias alternados, nos fins de semana ou feriados, justamente para não causar transtornos à população”, ressaltou, salientando que, diariamente, no site da Prefeitura, é divulgada a programação dos serviços realizados pela Emsurb, inclusive, os locais onde será realizada a poda de árvores.

Supressão

O diretor de Operações fez uma ressalva com relação ao trabalho de supressão de árvores, serviço que não é feito de forma aleatória e que envolve estudo. Segundo ele, a ação é realizada em parceria com a Secretaria Municipal do Meio Ambiente (Sema), com todo um corpo técnico envolvido. “A supressão de árvore é um serviço muito específico que é feito quando a árvore chega a um determinado tamanho que oferece risco à moradia, ou quando a árvore já está bastante velha, com a vida útil findando porque, sim, cada espécie tem um prazo de vida. Por isso, nós avaliamos a saúde da árvore, se, de fato, ela não tem mais condições, ou pela idade, pela interferência de alguma praga, ou mesmo por problema no solo. A Sema possui vários técnicos e nós recebemos apenas a demanda da execução, mas tudo é feito de forma estudada, avaliada”, esclareceu Bruno, ao explicar ainda que, em acordo entre a Emsurb e a Sema, ficou determinado que, para cada árvore suprimida, uma nova será plantada.

Foto Ana Lícia Menezes

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