Aracaju, 26 de abril de 2024
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No Dia da Indústria, setor ainda busca se refazer da crise

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Estabelecido pelo Decreto número 43.769 de 21 de maio de 1958 assinado pelo então presidente da República Juscelino Kubitschek, o Dia da Indústria, 25 de maio, é lembrado por ocasião do falecimento do patrono da indústria nacional, Roberto Simonsen, ocorrido nessa data no ano de 1948. Ele foi um dos fundadores da Confederação Nacional da Indústria (CNI), contribuiu para a idealização do SESI e do SENAI, além de ter deixado um legado intelectual em dezenas de livros e artigos publicados.

Mas será que há motivos para celebração? A participação do setor no Produto Interno Bruto brasileiro vem caindo nos últimos anos. De acordo com dados divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) em abril deste ano, a participação no PIB do segmento industrial passou de 25% no início da década para 21,5%.  O ápice da industrialização no país foi a década de 80 aonde esse número chegou próximo dos 50%.  Por outro lado, após três anos de queda, o investimento na indústria voltou a crescer em 2017, aponta pesquisa publicada essa semana pela Confederação Nacional da Indústria (CNI). Aproximadamente 76% das grandes empresas investiram em melhorias no último ano. E a tendência para 2018, é que esse número seja ainda maior.

Mas apesar da crise e das necessárias mudanças estruturais que o país necessita, a indústria é um setor fundamental para o desenvolvimento do Brasil. Ele é responsável por 21% dos empregos formais no país, fora os benefícios para a cadeia produtiva em torno das grandes corporações.  O setor industrial é uma mola propulsora da economia nacional, pois a cada R$ 1,00 produzido gera R$2,30 de capital.

Um crescimento mais intenso da indústria nacional está intrinsecamente ligado às reformas que o Governo Federal postergou por causa da Intervenção Federal na segurança do Rio de Janeiro. Medidas paliativas estão sendo tomadas, muitas em consonância com a Agenda Legislativa proposta pela CNI, em parceria com as federações de indústrias dos estados. Mas ainda há muito a ser feito. A diminuição do lixo burocrático que atravanca o progresso de novos investimentos e poderia dar a segurança jurídica necessária para que empresas, agências reguladoras e trabalhadores possam se beneficiar mutuamente e, por consequência, conjecturar para um futuro mais animador para todos.

A indústria sergipana luta diariamente pela permanência no mercado. Não bastasse a crise econômica que afetou todos os segmentos, a competição com produtos de outras localidades tornam a sobrevivência mais difícil. O setor têxtil, por exemplo, viu sua demanda diminuir bruscamente nos últimos anos, além da invasão dos produtos oriundos da Ásia, com um custo de produção baixíssimo e preços surreais para os padrões brasileiros. Isso, de uma forma ou outra, se repete em setores importantes e tradicionais, como a construção civil com a diminuição da realização de obras públicas, dentre outras questões que comprometeram os setores.

A Federação das Indústrias do Estado de Sergipe (FIES) trabalha na melhoria do segmento, seja através do diálogo com a classe empresarial e o poder público, por meio do seu Gabinete de Defesa de Interesses e Legislação, ou pelas capacitações empresariais, que possibilitam um aprendizado aos industriais e os colaboradores da indústria em geral, qualificando a mão de obra e seus produtos. Inovação e competitividade estão sempre presentes nos cursos e consultorias oferecidos pelo Sistema Indústria (SESI, SENAI e IEL).

UNICOM/FIES

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