Aracaju, 20 de abril de 2024
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Pé torto congênito atinge 1 a cada 1000 crianças recém-nascidas em Sergipe

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O Dia Mundial do Pé Torto Congênito que tem como objetivo conscientizar a população sobre a deformidade, correto diagnóstico e tratamento não-cirúrgico em crianças, foi comemorado no último dia 3 de junho. Adoença queenvolve ossos, músculos, tendões e ligamentos, atinge uma a cada 1000 crianças recém-nascidas, com chances de acontecer duas vezesmais em meninos que em meninas e pode afetar um ou ambos os pés. “Meu filho nasceu com os pezinhos para dentro, e foi ainda na maternidade que o médico diagnosticou a doença, claro que tomamos um susto! Hoje, ele tem quatro anos, mas na época foi um sofrimento para toda família, porque aqui é muito quente e o tratamento foi feito com troca de gessos. Meu filho só começou a andar depois dos dois anos de idade” revela a empresária Marilene Santos.

O ortopediatra Rafael Gonçalves esclarece que, apesar do Pé Torto Congênito ser uma doença comum, ainda não existe uma causa definida. “Ainda estão sendo realizadas pesquisas para esclarecer sobre as causas do pé torto congênito, há hipótese de fatores hereditário e ambiental. Os estudos também apontam que se um irmão tem a doença, a probabilidade do outro nascer com a mesma condição é muito alta”, explica o ortopedista.

Existem vários tipos de pés tortos congênitos, com diferentes graus de deformidade.A doença pode serdiagnosticada ainda durante a gestação, através da ultrassonografia, desde que o feto exiba adequadamente seus pezinhos. “O ideal é que o tratamento seja iniciado nas primeiras semanas após o nascimento, para que possamos fazer a correção antes que a criança comece a andar, com manipulação ativa dos pés e o uso de gessos, trocados periodicamente. Nessa fase, uma pequena cirurgia pode ser necessária para alongar o tendão de Aquiles. Mas, apesar desses tratamentos iniciais a deformidade não for corrigida totalmente, uma cirurgia complementar deve ser realizada. Se a criança for tratada de maneira correta, apresentará resultados positivos e levará uma vida completamente normal sendo capaz de realizar atividades como caminhar, correr e nadar”, de acordo com o ortopedista Rafael Gonçalves.

Em Sergipe não há realização desse tipo de tratamento pelo Sistema Único de Saúde, o SUS.

Fonte e foto assessoria

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