Aracaju, 28 de março de 2024

Secretaria Municipal da Saúde alerta para a importância do Teste do Pezinho

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A Secretaria Municipal da Saúde (SMS) faz um alerta para a importância do Teste do Pezinho nos bebês recém-nascidos. Isso porque nesta quarta-feira, 6, comemora-se o Dia Nacional do Teste do Pezinho, uma data criada para conscientizar pais e mães acerca da realização do exame.

Na saúde municipal, o teste é feito através do Programa Saúde da Criança, e é realizado a partir de sangue coletado do calcanhar do bebê. O teste permite detectar precocemente doenças metabólicas, genéticas e infecciosas nos recém-nascidos.

Segundo a referência técnica do Programa Saúde da Criança, Cerisa Ribeiro Bonfim, os pais ou responsáveis precisam se conscientizar de que o Teste do Pezinho é de extrema relevância para a saúde dos bebês. “O Teste do Pezinho é realizado nas Unidades de saúde e elas são porta aberta, ou seja, o bebê pode ser levado em qualquer uma das 22 Unidades que realizam o exame, independente do bairro que os pais ou o responsável moram. Além disso, frisamos a necessidade das mães serem informadas durante o pré-natal sobre a importância do exame e começando o tratamento mais cedo, há menos chance de sequelas”, explicou.

O exame deve ser realizado preferencialmente do terceiro ao quinto dia de vida do recém-nascido, porém, apesar de não ser o ideal, o teste pode ser feito também após um mês do nascimento do bebê. “Muitas pessoas acham que o teste só pode ser realizado até um mês do nascimento do bebê, mas não é. Ele pode ser feito sim depois desse período, no entanto, caso seja detectada alguma doença, o tratamento começará tardiamente, o que pode ser prejudicial para a criança. Temos que trabalhar a prevenção e a promoção da saúde e quanto mais cedo o diagnóstico, melhor”, acrescentou Cerisa.

No teste, é feito um pequeno furinho no pé do bebê e coletada uma pequena quantidade de sangue. O material é encaminhado ao Hospital Universitário (HU), onde é feita a análise. “A coleta é realizada na Unidade de saúde e o material vai pra o HU. O resultado sai em 90 dias em média, mas se o exame der alterado o hospital imediatamente entra em contato com a família da criança. Quando o bebê nasce na Maternidade Nossa Senhora de Lourdes ou no Hospital Santa Isabel e fica internado, o exame é realizado lá mesmo”, disse Cerisa.

Confira as doenças que podem ser detectadas com o Teste do Pezinho:

Anemia falciforme: Doença hereditária que altera a formação da hemoglobina, molécula responsável pelo transporte do oxigênio no sangue.

Deficiência de biotionidase: É a falta da vitamina biotina no organismo. Sua deficiência resulta em convulsões, fraqueza muscular, queda de cabelo, surgimento de espinhas, acidez do sangue e baixa imunidade.

Fenilcetonúria: É uma doença genética caracterizada pela incapacidade de metabolizar a enzima fenilalanina-hidroxilase, responsável pela transformação do aminoácido fenilalanina em tirosina. A ausência de tirosina pode acarretar retardo mental.

Galactosemia: É uma doença genética que dificulta a conversão de galactose (açúcar presente no leite) em glicose. O resultado é o acúmulo de galactose no organismo, causando problemas de coagulação, icterícia (pele amarelada), hipoglicemia (baixa da taxa de glicose no sangue), glicosúria (excesso de glicose na urina), acidez do sangue e catarata.

Glicose 6-fosfato desidrogenase: Distúrbio metabólico que causa alterações das enzimas fundamentais para proteção das células, especialmente das hemácias. Sem estabilidade, os glóbulos vermelhos podem morrer, causando anemia hemolítica.

Hipotireoidismo congênito: Doença que faz com que a glândula tireoide não seja capaz de produzir quantidade adequada de hormônios tireoidianos, o que deixa os processos metabólicos mais lentos. Uma das principais consequências é a retardação mental.

Hiperplasia congênita da suprarrenal: Provoca uma deficiência na produção de hormônios pelas glândulas suprarrenais ou adrenais. Para compensar, a hipófise produz excesso de hormônios que estimulam as suprarrenais, que aumentam de tamanho e passam a produzir em excesso hormônios que levam à masculinização do corpo da criança. Além disso, pode ocorrer desidratação, perda de sal no organismo e vômitos.

Toxoplasmose: É uma doença infecciosa causada pelo parasita Toxoplasma gondii, que pode causar calcificações cerebrais, malformações, doença sistêmica grave. Tardiamente, pode se expressar causando doenças da retina.

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