Aracaju, 19 de abril de 2024
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Triste Dia dos Namorados, escreve o professor *Lacerda Junior

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Pidão acordou pensativo, não quis falar com ninguém, seus vizinhos estranharam a conduta do jovem intransigente que sempre acordava de bom humor zoando com a vizinhança.

O jovem pegou seu carro, um opala azul metálico que tinha restaurado após uma colisão, saiu em alta velocidade, seu rosto estava permeado de angústia, sentimento que Pidão não costumava sentir.

Após dirigir durante duas horas, Pidão parou o carro ao lado de um muro onde havia uma linda paisagem do céu repleto de anjos, desceu do opala e entrou por um portão largo, onde todos os que lá estavam tinham no rosto a mesma expressão de tristeza que o jovem, passou por um corredor florido e no final deste caiu de joelhos e começou a chorar desesperadamente, passou a mão sobre uma lápide e descobriu um escrito feito por ele mesmo que dizia “Glorinha, a imprudência nos separou”.

Enquanto chorava passando a mão sobre a lápide, Pidão relembrou o triste dia em que estava na porta da igreja esperando sua amada Glorinha para cristalizarem seu amor através do casamento. Em vez vê-la chegando, viu uma viatura policial que lhe trazia a notícia que a vida de sua amada tinha sido ceifada pela imprudência de um condutor que avançou o sinal vermelho e se chocou com o Opala azul metálico que trazia a jovem.

O dia dos namorados para Pidão se assemelhava ao dia de Finados, pois para ele a vida perdeu o sentido após a morte de sua amada.

Nossa solidariedade a todos os que passarão o dia dos namorados sem seus amores por causa da imprudência de algum condutor.

*Lacerda Junior é  professor e pesquisador da área de Educação e Segurança para o Trânsito

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