Aracaju, 28 de março de 2024

Cinco mulheres morrem por dia no Brasil por questões relacionadas à gravidez, diz Adelson Barreto

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A fim de chamar a atenção para a vulnerabilidade da saúde feminina no país, o deputado federal Adelson Barreto (PR) usou a tribuna da Câmara para cobrar do Governo Federal políticas públicas voltadas para a redução da morte materna. Na ocasião, cobrou a implementação de serviços de qualidade e eficiência no Sistema Único de Saúde (SUS), como a atenção ao pré-natal, ao parto e ao puerpério.

Para Adelson, a morte materna vitima silenciosamente milhares de mulheres no país. “Em 2016, 1.829 mulheres morreram no Brasil por causas relacionadas à gravidez, parto ou puerpério (período pós-parto que se pode estender até 45 dias). Isso equivale a cinco mortes diárias”, destaca, estimando que no mundo, 830 mulheres morreram por dia por essas causas, de acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS).

Segundo o parlamentar, esse tipo de óbito preocupa tanto as autoridades de saúde que existe uma classificação internacional específica, chamada morte materna.

“Os dados dos indicadores de desenvolvimento global do Banco Mundial, mostram que para cada cem mil nascidos, sessenta e nove mulheres morreram no parto ou no puerpério no Brasil”, disse, destacando que em países desenvolvidos a taxa é de dez mortes por cem mil bebês vivos. “No Japão são apenas seis mortes”.

Adelson afirmou ainda na tribuna que o tema é complexo. “A mortalidade materna é resultado de fatores biológicos, econômicos, sociais e culturais que não se referem a óbitos por causas acidentais, mas, sim, por causas que poderiam ser evitáveis ou tratáveis”, pondera, ressaltando que a mortalidade materna indica violação do direito mais fundamental do ser humano: o direito à vida.

Para o deputado, nada justifica em pleno século XXI a morte por um fenômeno fisiológico a gestação e o parto, cujas causas de risco de vida são amplamente conhecidas pela ciência e podem ser prevenidas e/ou tratadas.“Muitas vezes as causas de morte materna são agravadas pela hipertensão, diabetes e ocorrências de hemorragias”, afirmou, lamentando que o Brasil seja um dos países mais lentos na busca da redução dessas mortes.

Da assessoria parlamentar

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