Aracaju, 28 de março de 2024

Unidos em Asa Branca é a campeã do concurso do Sesc

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A quadrilha Unidos em Asa Branca foi campeã no Concurso “Seu Menino”, promovido pelo Sesc, de 11 a 15/06, no Ginásio Charles Moritz. A final ocorreu na última sexta-feira, reunindo na disputa as quadrilhas Pioneiros da Roça, Xodó da Vila e Século XX.

Com o tema “Quem acredita Sempre Alcança” a Unidos em Asa Branca fez uma apresentação diferenciada, trazendo no contexto da cena personagens e atuação teatral. Tudo isso de forma sincronizada com os ritmos clássicos das quadrilhas – xote, xaxado e baião, com suas evoluções cadenciadas de acordo com a marcação.

O segundo lugar foi para Xodó da Vila, fundada em 1992, pelos antigos funcionários da extinta Vila Romana. Ela apresentou o tema “Os santos juninos celebram Raimundo Jacó, o vaqueiro nordestino”, uma homenagem ao canto de aboio e a pega de boi.

Com o tema “nosso destino é marcado pela providência divina, sou homem que desafia a vida nas brenhas da caatinga e a minha fé nem a morte subestima”, a quadrilha Século XX campeã o ano passo do mesmo concurso, conquistou o terceiro lugar com uma apresentação marcada pela emoção dos componentes.

Se despedindo do concurso deste ano, a Pioneiros da Roça, fundada no bairro Cirurgia há mais de três décadas, arrebatou o quarto lugar com o tema “santo de fé, festa de um povo”. Ela apresentou ao público a Sarandaia – manifestação cultural secular realizada no dia de São Pedro, com ênfase no município de Capela.

Este ano 14 quadrilhas se inscreveram no concurso. As eliminatórias ocorreram de 11 a 14/06, no ginásio do Sesc. Apenas quatro grupos chegaram até a final. As noites de apresentações deram um colorido especial a programação da instituição, que visa chamar a atenção do público para a importância de manter a tradição de celebrar os festejos do ciclo junino (Santo Antônio, São João e São Pedro), preservando costumes e características da culinária, da música, dança, rituais e crendices populares.

Tradição Secular

De acordo com historiadores e pesquisadores da cultura popular, a quadrilha surgiu na França do século XVIII, principalmente em Paris. A dança só chegou ao Brasil no final da década de 1820 e foi muito comum entre as classes sociais mais abastardas da sociedade brasileira da época (principalmente entre os integrantes da corte residente no Rio de Janeiro).

Foi somente no final do século XIX que a quadrilha se popularizou e tornou-se comum entre as camadas populares da sociedade. Porém, ao tornar-se popular, agregou diversos elementos culturais, principalmente os relacionados às tradições e modo de vida no campo. Ganhou também, neste momento, um caráter mais divertido, com pitadas de humor, destacando as peculiaridades de cada região.

Foto assessoria

Por Aparecida Onias

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