Aracaju, 24 de abril de 2024
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João Daniel conclama deputados do Nordeste à luta para não fechar Fafen

Jo Daniel

O deputado federal João Daniel (PT-SE), voltou a conclamar os parlamentares do Nordeste para fortalecer o debate e a luta contra o fechamento de duas fábricas de fertilizantes da Petrobras (Fafen), nos estados da Bahia e Sergipe.

O parlamentar informou nesta terça-feira (26), que a Comissão de Integração Nacional, de Desenvolvimento Regional e da Amazônia (Cindra) da Câmara dos Deputados aprovou um requerimento de sua autoria para realização de uma audiência pública sobre o assunto na próxima semana. A ideia, segundo ele, “é debater e discutir o papel da Petrobras como empresa nacional de desenvolvimento”.

A decisão de fechamento das duas fábricas foi anunciada em março pelo ex-presidente da Petrobras Pedro Parente. Agora, os parlamentares querem uma posição do novo presidente da empresa, Ivan Monteiro.

Economia – João Daniel reafirmou que o fechamento das fábricas de fertilizantes da Bahia e de Sergipe, resultará em forte impacto na economia dos dois estados.

“Essas duas empresas são fundamentais e importantes para a economia da Bahia e de Sergipe. Acho fundamental o empenho das duas Bancadas, na Câmara e no Senado – a de Sergipe e a da Bahia, para impedir esse crime”, frisou.

Retomar/investimento – O deputado lembrou que no último sábado, a Rede Bandeirantes exibiu uma matéria dos pecuaristas falando da importância da ureia animal e de todas as áreas de fertilizantes, o que diz respeito à soberania nacional.

“A Petrobras não pode fechar, não pode paralisar as duas FAFENs. Sergipe perderá muito não só em emprego, mas também em economia”, enfatizou.

“Portanto, o novo presidente da Petrobras precisa, de imediato, retornar à decisão da importância de investir nessas duas fábricas, como uma questão de soberania nacional e de importância para os Estados da Bahia e de Sergipe”, acentuou o deputado.

Saída do negócio – Ao comunicar o fechamento das Fafens da Bahia e Sergipe, a Petrobras justificou que estava saindo do negócio de fertilizantes. Antes mesmo de anunciar que vai desligar suas fábricas no Nordeste, a estatal já tinha anunciado em setembro do ano passado que colocou à venda as unidades der Três Lagoas (MG) e Araucária (PR).

A venda dessas empresas faz parte do plano da estatal de venda de ativos, que prevê levantar US$ 21 bilhões entre 2017 e 2018. A companhia está vendendo suas empresas para conseguir levantar capital para reduzir o seu endividamento e também para focar na área de exploração de petróleo, seu negócio principal.

As unidades de fertilizantes da Bahia e Sergipe fecharam 2017 com prejuízo de R$ 200 milhões e R$ 600 milhões, respectivamente, de acordo com a Petrobras. E a expectativa é que continuem no vermelho no longo prazo. A companhia chegou a lançar no seu balanço financeiro do quarto trimestre uma perda financeira de R$ 1,3 bilhão com a reavaliação da Fafen de Sergipe e Bahia.

(Por Gil Maranhão. Agência Política Real. Edição: Genésio Jr.)

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