O governador Belivaldo Chagas foi conhecer na tarde desta quarta-feira (06) uma turbina e dois geradores que serão instalados na Usina Termoelétrica Porto de Sergipe. Os equipamentos chegaram ao Estado na última segunda-feira, 02. Eles aportaram na estrutura montada no sítio Pomonga, na Barra dos Coqueiros, e de lá serão transportados para o Complexo Termoelétrico, situado no mesmo município.
O governador estava acompanhado do presidente da Centrais Elétricas de Sergipe (Celse), Pedro Litsek, o ex-governador Jackson Barreto, o gerente de projetos da GE, Adriano Cezário e secretários de Estado.
Em junho passado, foram transportadas para a usina, duas turbinas e um gerador. Esses equipamentos são considerados o coração da termoelétrica e foram fabricados pela indústria americana GE. Os equipamentos desembarcam pelo Terminal Portuário Inácio Barbosa e são transportados para o canteiro de obras da usina, a partir do sítio Pomonga. No total, serão efetuados 26 transportes. O cronograma é que o transporte dos equipamentos seja concluído até setembro.
O Complexo Termoelétrico Porto de Sergipe I é o maior investimento privado de Sergipe, com R$ 6,4 bilhões aplicados na construção da maior termoelétrica a gás natural da América Latina. A Centrais Elétricas de Sergipe (Celse) tem capacidade para gerar até 1.516 megawatts, o suficiente para atender a 20 milhões de brasileiros quando estiver em plena operação.
O governador Belivaldo Chagas afirmou que a vinda da termoelétrica para Sergipe será um divisor de águas. “Com certeza absoluta, teremos a oportunidade de ver, pouco mais à frente, que Sergipe virá a se desenvolver substancialmente”, ressaltou.
Com a chegada da usina, Belivaldo reconhece que, automaticamente, outros empreendimentos surgirão em seu entorno e incrementarão a economia do estado. “Para nós, que vimos isso nascer desde o primeiro momento que se discutiu essa possibilidade nos governos de Marcelo Déda, de Jackson Barreto e agora eu estando no governo, é aquela sensação de ver uma criança nascer, crescer, começar a falar e se desenvolver”, destacou.
O governador disse que é emocionante ver que tudo está se tornando uma realidade. “Um empreendimento feito com carinho e determinação, todo zelo e cuidado na preservação da natureza. Enfim, é o desenvolvimento chegando, casando com a questão ambiental, e a gente acompanhando o dia-a-dia esse crescimento. A logística foi facilitada por conta da localização da termoelétrica, a localização do rio, a facilidade de levar essas turbinas e os demais equipamentos para o Complexo. É um momento de muita alegria, de muita satisfação e eu tenho certeza absoluta que o sergipano vai reconhecer e agradecer pelo empreendimento que veio a Sergipe”, sentenciou.
Ele também agradeceu a Celse e a todos que compõe o complexo e que estão fazendo com que a termoelétrica se torne uma realidade.
O ex-governador Jackson Barreto, ao acompanhar a chegada dos equipamentos, disse sentir a emoção de um pai quando vê a sua criança nascer, crescer, já produzir resultados. “Vinculo isso ao futuro do meu estado. Apostei nesse projeto e dei tudo de mim. Acreditei na iniciativa privada e nos investimentos brasileiros que foram prometidos, como também nos investimentos estrangeiros, fundamentais para que essa obra pudesse ser realizada. Então é muita alegria ver Sergipe inserido nessas novas tecnologias e ter essa termoelétrica como um canal indutor do futuro do meu estado”, afirmou.
Complexo
A construção da Usina Termoelétrica de Sergipe está no seu ápice, gerando 2.600 empregos diretos e indiretos. A operação comercial da usina começará em janeiro de 2020, conforme determinado no Leilão de Energia Nova A-5 realizado em abril de 2015, do qual a CELSE foi vitoriosa.
O Complexo é formado pela Usina Termoelétrica Porto de Sergipe, que processará gás natural em energia elétrica pela Linha de Transmissão, que levará energia até a rede de transmissão e pelas Instalações Offshore, que contemplam uma unidade de armazenamento e regaseificação do Gás Natural Liquefeito (GNL) e transporte até a usina.
Toda essa estrutura utilizará tecnologia de ponta – como as turbinas que acabaram de chegar – o que otimizará a usina em seu nível mais elevado de produção. Quando a usina entrar em operação, gerará cerca de 100 empregos com mão de obra especializada. No entanto, a estimativa é que novas indústrias se instalem no seu entorno.
O gerente de projetos da GE, Adriano Cezário, explicou que na próxima segunda-feira, 09, a turbina a gás será colocada na estrada para o transporte até o Complexo. Segundo ele, toda a operação é coordenada com a participação das autoridades locais. “Temos 10 policiais dando suporte e técnicos verificando os fios de alta e baixa tensão que existem ao longo da rodovia. Há ocasiões em que a energia tem que ser desligada”, registrou, ao dizer que os equipamentos são transportados por um veículo chamado linhas de eixo.
Ele disse ainda, que o transporte dos equipamentos foi iniciado no dia 25 de junho, pela SE-100 (rodovia que liga os municípios de Barra dos Coqueiros e Pirambu), com interdição parcial da via. Os equipamentos pesam, juntos, 800 toneladas. Cada peça demora entre seis e oito horas para chegar ao destino. Durante todo o processo, a CPTran faz o controle do trânsito no local. Para transportar os equipamentos dos EUA até Sergipe, leva-se 60 dias.
Pesando 256 toneladas cada uma, as três turbinas a gás 7HA são as mais eficientes do mundo, segundo o Livro dos Recordes (Guinness).
A implantação do complexo teve início em agosto de 2016, a construção civil já foi concluída e teve início a montagem eletromecânica – ao final dessa etapa serão instaladas as turbinas. Em 2019, começa a fase de testes e comissionamento para, em 2020, entrar em operação.
ASN
Foto André Moreira