Aracaju, 29 de março de 2024

SUPERLOTAÇÃO: HUSE ENFRENTA COM RESOLUTIVIDADE

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Quem chega em busca de atendimento no Hospital de Urgência de Sergipe (Huse) já se depara com outra realidade. Há três meses, quando assumiu o governo do Estado, o governador Belivaldo Chagas tinha o desafio de humanizar o atendimento aos pacientes, diminuindo principalmente a fila de espera das cirurgias ortopédicas que superlotavam a Área Verde Trauma e o Corredor de Catástrofes, uma área que destinada a recepcionar vítimas de grandes acidentes.

Para isso, o governador Belivaldo Chagas normalizou o atendimento no Hospital Cirurgia e empreendeu uma ação de resolutividade do próprio Huse ao analisar todos os internamentos com os pacientes sendo liberados de acordo com a disponibilidade de leitos em outros hospitais. Com isso, as filas de espera diminuíram e a área deixou de receber mais de 40 macas.

“O Huse vinha trabalhando há muito tempo com a superlotação e a missão de diminuir ou até mesmo acabar com a lotação nos corredores nos foi dada pelo governador. Estamos completando três meses na gestão e o trabalho da nossa equipe permanece dando bons resultados, o nosso Corredor da Catástrofe continua vazio e as melhorias em diversos setores do hospital já começam a aparecer com a redução das filas cirúrgicas. Isso é um sinal positivo de que o nosso trabalho está dando resultados concretos”, disse Darcy Tavares, superintendente do Huse.

Baixa complexidade

Mas o trabalho não para e a missão agora é fazer com que a baixa complexidade encontre o tratamento necessário nas unidades do município que são destinadas para esses casos. De acordo com o coordenador do Pronto Socorro do Huse, Vinícius Vilela, o que acontece é que os pacientes de baixa complexidade continuam chegando com frequência e as unidades básicas de saúde e as UPA’s de todos os municípios continuam fechando os plantões por qualquer motivo.

“Consequentemente, a população procura a porta aberta e essa está aqui Huse. As filas no nosso hospital diminuíram bruscamente, os pacientes da ortopedia saíram de mais de 60 para 10, então, hoje, todos os usuários de cirurgia ortopédica, eles estão ficando no máximo cinco dias, para a realização dos procedimentos. Quanto à parte cardiológica, estamos dando seguimento aos pacientes infartados, diminuindo a fila, porém, a parte clínica continua com demanda porque a população não está encontrando abertura para a realização de exames e diagnósticos na Atenção Básica e, quando são ofertados, há uma demora significativa para realizá-los”, explicou.

O objetivo do Huse é tratar os pacientes de média e alta complexidade, politraumatizados, AVC’s hemorrágicos e isquêmicos, ou seja, todos os pacientes que tem necessidade de atendimento de urgência e emergência. O hospital está com o seu propósito mantido, os pacientes de baixa complexidade que continuam procurandoatendimento no PS, será dado, porém, obedecendo a classificação de risco.

Centro de Nefrologia

Outro fator importante e que gera ótimos resultados é o novo Centro de Nefrologia, em funcionamento desde o dia 17 de abril, contando com 16 pontos (leitos) de hemodiálise e 32 de internamento. As instalações obedecem a todos os padrões estabelecidos pela Norma RDC 154, que rege o serviço de hemodiálise. O centro também possui local de repouso para profissionais e oferece conforto a pacientes.

“Atualmente o Huse tem mais de 30 pacientes com possibilidade de alta e seus relatórios para serem encaminhados para as clínicas dos municípios, então, o Huse está com mais de 30 pacientes de alta ocupando os leitos porque as clínicas que tem pactuação com o SUS não estão ofertando essas vagas, então, o Huse poderia estar com menos 30 pacientes internados, em casa fazendo o tratamento ambulatorial, esses pacientes são de pura responsabilidade dos municípios e mais uma vez o Huse vem assumindo uma responsabilidade que não é dele para não causar uma desassistência”, enfatizou Vinícius Vilela.

O paciente Everaldo Santos, 42, é uma dessas vítimas. “Estou há um mês em tratamento e sou muito bem atendido, o novo centro é um local e organizado e limpo, estou aguardando uma vaga na clínica aqui do município para continuar o meu tratamento e poder ficar em casa, mas enquanto essa vaga não chega, eu só tenho que agradecer ao Huse pelo serviço que me oferecem”, destacou.

Vale ressaltar que o Centro de Nefrologia do Huse não é para porta aberta de pacientes ambulatoriais, a responsabilidade de atendimento a pacientes ambulatoriais não é estadual, é responsabilidade municipal. Hoje, existem clínicas de hemodiálise em Aracaju, Itabaiana e Estância. Cerca de 30 pacientes estão prontos para continuarem seus tratamentos de forma ambulatorial nas clínicas dos municípios, mas, a falta de vagas deixam esses pacientes internados no Huse.

Por André Carvalho

Foto assessoria

 

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