Sustentabilidade se tornou uma palavra em voga no mundo dos negócios. E a discussão sobre o tema fortaleceu-se, sobretudo, com a publicação do livro “Cannibals with forks: the triple bottom line of 21st century business”, que aprofundou a discussão iniciada em 1994, sobre o conceito de triple bottom line.
Hoje, o triple bottom line norteia as práticas de sustentabilidade, que se baseiam na forma como organizações se relacionam com a sociedade nos aspectos econômico, social e ambiental.
Nesse sentido, torna-se cada vez mais recorrente o uso de estratégias empresariais utilizando esses três pilares, visando fortalecimento e proteção de marca, perpetuação de relacionamento com colaboradores e a aquisição de fornecedores que também se utilizem de práticas sustentáveis, ou seja, é muito mais do que aplicar a coleta seletiva.
Nem só de lucro vive uma empresa
O pilar econômico foi por muito tempo o fator exclusivo de análise de saúde de um negócio. Se uma empresa estivesse faturando bem e retribuindo adequadamente seus acionistas, provavelmente nada seria questionado.
Mas os tempos mudaram. E a capacidade econômica de uma empresa passou a ser apenas um dos três fatores de análise do negócio.
No entanto, ainda assim, é importante que uma empresa consiga manter a sua lucratividade e em um mercado de concorrência acirrada, no qual qualidade e competitividade de preços são fatores preponderantes de sobrevivência.
Uma empresa é composta de pessoas
A cadeia produtiva de um negócio é constituída por indivíduos e visa atender necessidades de pessoas.
Compra-se e se vende de pessoas o tempo todo, ainda que se negocie com outra empresa. Porque, afinal de contas, as decisões cabem a pessoas. Dessa maneira, é fundamental que:
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Se tenha um relacionamento saudável com colaboradores, que os processos sejam transparentes e que respeitem a saúde do trabalhador;
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Haja rigor na contratação de fornecedores, dando-se preferência para aqueles que sejam credenciados por instituições respeitáveis. Ter a ISO 14001 já é um começo, pois é uma certificação focada em processos ambientais;
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Atenda-se aos clientes com soluções práticas e inovadoras, considerando suas necessidades, buscando qualidade e competitividade no mercado.
O respeito ao meio ambiente traz longevidade para as empresas
Em um mundo globalizado, em que tecnologias e processos de transparência são desenvolvidos e aderidos com rapidez, o questionamento sobre as empresas acerca de sua cadeia produtiva é crescente entre as pessoas, Governo e outras instituições.
Partindo disso, hoje, mais que o risco de se receber uma multa, as empresas temem o prejuízo em torno de sua marca, que é o maior ativo de qualquer negócio. E é totalmente possível aderir a um planejamento inteligente em torno do pilar ambiental, utilizando implementações, como:
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Ecoeficiência, que é uma abordagem completa de verificação da melhor utilização de recursos, evitando desperdícios na cadeia produtiva. A sistematização pode, por exemplo, ser aplicada no gerenciamento de recursos para produção de energia, coleta seletiva e acompanhamento ponta a ponta do emprego de resíduos. Isso pode inclusive ser gerenciado com softwares, como o VG Resíduos, que automatizam a gestão de substratos e facilitam o processo antes da coleta seletiva.
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Redução das emissões atmosféricas, o que pode, aliás, ser lucrativo, com a adoção de crédito de carbono.
Hoje, avalia-se uma empresa em vários aspectos. Com base nisso, os negócios buscam a sustentabilidade, com a adoção da mentalidade de que os recursos são limitados, que é necessário deixar um mundo proveitoso para os descendentes e que as pessoas que participam do negócio em sua cadeia produtiva também importam. Por isso, a sustentabilidade tornou-se a grande preocupação do momento.
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Por Aline Matos