Aracaju, 24 de abril de 2024
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CRÉDITO FUNDIÁRIO PREVÊ INVESTIMENTOS DE R$ 54 MI EM SERGIPE

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Conselhos Municipais, Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), Federação dos Trabalhadores na Agricultura (Fetase), empresas de assistência técnica e representantes do Governo de Sergipe, por meio da Secretaria de Estado da Agricultura e Pronese definiram, no último dia 1° de agosto, o Plano Operativo Anual do Programa de Crédito Fundiário. O Plano prevê investimentos de R$ 54 milhões para que 644 famílias de agricultores familiares possam ter acesso à terra, através de financiamento com juros subsidiados.

A secretária de Estado da Agricultura, Rose Rodrigues, disse que o objetivo do encontro foi discutir conjuntamente com os parceiros o planejamento das metas e o fluxo para dar rapidez às demandas dos agricultores familiares. “Tenho certeza de que todos os que estão aqui reunidos acreditam na agricultura familiar. Acreditam que quanto menos concentrada for a terra, mais felizes serão as pessoas”.

“Independente da esfera de governo em que se encontre, cada um aqui presente vai fazer o possível para que o benefício chegue mais rápido possível às famílias. Nós do governo estadual, estamos reafirmando que o Programa de Crédito Fundiário é uma prioridade. Para isso, estamos disponibilizando todo suporte administrativo necessário com veículos, equipe técnica e a implantação de um novo fluxo para agilizar os processos”, detalhou a secretária.

Um resumo dos investimentos para os próximos 12 meses foi apresento pelo coordenador da Unidade Técnica Estadual (UTE) do Programa, Carlos Fontenele. Ela destacou que “os R$ 54 milhões a serem investidos, foram previstos com base nas propostas concretas já formuladas pelos agricultores e estão em tramitação na UTE. Esse volume de recursos prevê a compra de 41 propriedades, numa área equivalente a 7.944,05 hectares”. Disse, ainda, que seis dessas propriedades já estão em análise pelo Banco do Nordeste para pagamento e devem ser compradas nos próximos meses.

O presidente da Fetase, Antônio Oliveira, destacou a importância de o governo estar junto dos trabalhadores nesse momento difícil de seca. Para ele o sucesso do Crédito Fundiário está em priorizar o critério de avaliação técnica. “Nós acreditamos que quanto mais técnica ele for, com mais assistência técnica e menos política essa distribuição de terra dará certo. Dando certo, o agricultor vai ter condições de pagar e quitar um empréstimo no banco. Estamos participando desse planejamento com quatro pessoas da Fetase, porque acreditamos que o programa é importante para os agricultores.”

Roberto Araújo, da direção estadual do MST, reforçou o que foi dito pelo presidente da Fetase em relação à estiagem. Nesse momento, em que quase 100% da produção agrícola foi perdida em função da seca, é quando mais precisamos do apoio de todos. Aqui estamos decidindo sobre coisas que têm a ver com a alimentação de nosso povo, ninguém vive sem o alimentação que vem do trabalho do agricultor, portanto, a estruturação do Crédito Fundiário é importante para o campo”.

“Aquelas áreas que não podem ser desapropriadas pelo INCRA, vamos trazer para o Crédito Fundiário. Estamos vendo o esforço da secretária e de sua equipe e estamos nos somando no sentido de resolver os problemas. Roberto trouxe como exemplo a propriedade Exu em Porto da Folha. “Tem quinze anos que os agricultores estão acampados e não conseguiram pelo INCRA, então vamos trazer para o Crédito Fundiário”, disse Roberto.

Por: Ednilson Barbosa

Foto: Vanessa Rosa

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