Aracaju, 27 de abril de 2024
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O Huse considerado “campo de concentração” e o Huse humano de hoje

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Considerado como um verdadeiro “campo de concentração” o Hospital de Urgência de Sergipe (Huse) apresenta algumas mudanças que começam a chamar a atenção. A mudança está sendo para melhor.

Acostumado a ver corredores com centenas de pessoas amontoadas à espera de tratamento gratuito (SUS), hoje a realidade já é diferente, embora precisa melhorar em muito.

Usuário do SUS, no ano passado enfrentei uma batalha para sobreviver após sofrer dois Acidente Vascular Cerebral (AVC) e uma pneumonia que me custou cerca de dez dias internado na ala vermelha do Huse.

À época, corredores lotados, até certo ponto um pouco de desanimo por parte dos servidores até por causa da quantidade de pessoas amontoadas, sem espaço até mesmo para que os enfermeiros pudessem circular.

Na tarde desta quarta-feira (09) fui obrigado mais uma vez a retornar ao Huse e mais uma vez em busca de socorro. Assim como da primeira vez, encontrei, porém agora com um diferencial: poucas pessoas nos corredores, o aspecto de limpeza era visível, além do atendimento ser bastante diferenciado.

Ontem consegui saber que existe uma servidora da Secretaria Estadual da Saúde que fica disponível para orientar pacientes e acompanhantes , o que facilita a vida daquele que está em busca de tratamento médico.

Durante o tempo em que estive no Huse, recebi toda orientação da jornalista Kitéria e da senhora “Carminha” que gentilmente prestou toda orientação que precisávamos. Em seguida passamos por um clínico geral, Dr. Ramon Jaine  que atendeu como se fosse uma “consulta particular”. Logo depois fui encaminhado para ser atendido por uma neurologista, já que foi preciso fazer uma tomografia computadorizada, por conta da gravidade da situação.

Logo após sair o resultado, a Dra. Carla, neurologista que atendia no momento, também surpreendeu com tamanha delicadeza e atenção, tanto com paciente (eu) quanto com a acompanhante (minha filha). A atenção dispensada pela Dra. Carla também chamou a atenção e lembrou “consultório particular”.

Por fim, ela prescreveu uma série de exames que deveriam ser feitos lá mesmo, porém decidi fazer em outro lugar, até por conta do avançado da hora, decidi que faria na sexta-feira eu outro local.

A crítica de ser feita quando for preciso e mais que isso, o agradecimento é necessário para que o profissional que ali está, saiba que eles merecem o “muito obrigado”.

Munir Darrage

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