Aracaju, 25 de abril de 2024
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PROTESTO: CAMINHADA REÚNE ESQUERDA NO DIA DO BASTA EM SE

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por: Iracema Corso

Com protestos desde as 6h da manhã até o cair da noite, trabalhadoras e trabalhadores construíram em Sergipe nesta sexta-feira, 10/8, o Dia Nacional de Luta, o Dia do Basta.

O que levou o movimento sindical e social, estudantes, partidos de esquerda, trabalhadores do campo e da cidade, organizados pela Frente Brasil Popular, a ocuparem as ruas em todo o Brasil nesta data foi o aumento do desemprego, a volta da miséria no País, o aumento do preço do gás de cozinha e dos combustíveis, o aumento da mortalidade infantil, a prisão política de Lula, a retirada de direitos da classe trabalhadora, os cortes das políticas públicas, os cortes na saúde e educação, a desvalorização dos servidores públicos, as privatizações, a necessidade de lutar pela democracia, pela soberania nacional e em defesa das eleições 2018.

Lideranças sindicais e militantes do movimento social amanheceram na porta da FAFEN, a Fábrica de Fertilizantes da Petrobrás, num protesto unificado contra a privatização. Em Aracaju a partir das 9h, o SINDIPREV/SE (Previdenciários) organizou protestos contra os cortes na Saúde e Educação, em frente ao Núcleo Estadual do Ministério da Saúde, em frente ao Ministério do Trabalho e nas agências do INSS da Av. Ivo do Prado e Siqueira Campos.

Servidores públicos filiados à FETAM (Federação dos Trabalhadores do Serviço Público Municipal) participaram do ato unificado em Aracaju, no turno da tarde. As organizações reunidas fizeram uma caminhada pelas ruas do Centro de Aracaju partindo da Pça General Valadão, passando em frente à Assembleia Legislativa de Sergipe e se encerrando em frente ao Palácio de Justiça.

Na concentração, a assistente social e dirigente do SINDIPREV/SE, Mírian Rosa Rodrigues falou sobre os cortes nas políticas públicas e o prejuízo social da população brasileira no momento em que os banqueiros acumulam lucros inéditos, na cifra de bilhões. “Hoje é o dia do Basta e basta mesmo! Basta de cortes nas políticas públicas, basta de desmonte na educação, saúde e segurança. Somos motivo de chacota no exterior, mas pior é pensar: como o nosso povo está sobrevivendo?”.

Ao longo do percurso, o vice-presidente da CUT/SE, Plínio Pugliesi, dialogou com trabalhadores do Centro. “Atos em todo o Brasil exigem um basta aos ataques do governo golpista de Temer contra os direitos da classe trabalhadora. Desde o golpe com a retirada da presidente Dilma, nada melhorou na vida dos brasileiros. Tudo piorou. Aqui no Centro, trabalhadores e empresários sabem do que estamos falando. Eles viram o desaquecimento da economia. Hoje o Brasil só presta pra banqueiro, para quem era milionário virar bilionário. Por isso viemos dizer: Basta de Desemprego! Chegamos a ter apenas 4% de desempregados no Brasil antes do golpe contra a democracia. Depois que os ricos foram com o pato da Fiesp pra Av. Paulista, o desemprego disparou. Hoje, em Sergipe, o desemprego é de 17%, um recorde. Então os trabalhadores não são bobos e não acreditam na Rede Globo… A máquina de manipulação está desesperada porque toda pesquisa eleitoral aponta que a vitória é de Lula, mesmo o ex-presidente estando dentro da cadeia como preso político do Golpe. Os trabalhadores estão organizados e hoje têm internet e acesso à informação na palma da mão, os trabalhadores sabem que é preciso dar um basta”.

Para fortalecer o Dia do BASTA, professores organizados no SINTESE e no SINDIPEMA aprovaram paralisação seguindo a orientação da CNTE (Confederação Nacional dos Trabalhadores da Educação) e participaram do protesto junto ao vereador Iran Barbosa (PT), a deputada estadual Ana Lúcia (PT), o deputado João Daniel (PT), entre várias organizações do movimento sindical, a Frente Brasil Popular, o MST, MPA, UGT, CTB, PT, PSOL, PSTU e Conlutas.

Foto assessoria

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